Na tradição católica, é costume os altares serem descomposto, pois, tal como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações são as que fazem parte da Liturgia das Horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, exceto o da confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A distribuição a comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático, isto é, em caso de morte. No Sábado Santo, com a chegada da noite, entramos no coração das celebrações da Semana Santa! É a hora da Grande Vigília, a Vigília Pascal, que Santo Agostinho chamava a Mãe de todas as Vigílias! Somos uma Igreja Pascal, por isso umas das maiores celebrações da nossa Igreja Católica é a Festa da Páscoa.
A Liturgia da Vigília Pascal, riquíssima, divide-se em quatro partes:
1 – A Liturgia da Luz: durante a qual se acende o Círio Pascal e a Benção do Fogo, que simbolizam o Cristo morto e ressuscitado;
2 – Liturgia da Palavra: com cinco leituras de trechos do Antigo Testamento, intercalados de salmos e orações, através dos quais a Igreja medita sobre os actos poderosos de Deus na história da salvação da humanidade;
3 – Liturgia Batismal: recorda-se que, desde os primeiros séculos da Igreja, o Baptismo esteve sempre intimamente ligado à Páscoa. Os catecúmenos recebem sacramentalmente as graças da Morte e da Ressurreição de Cristo, quando toda a Igreja celebra o memorial desses actos redentores. E é naturalmente a melhor das ocasiões para toda a congregação cristã renovar os seus próprios votos batismais;
4 – Liturgia Eucarística: somos sacramentalmente reunidos a Cristo vivo e ressuscitado, fazendo nossa a Páscoa do Senhor. É o climax natural da Liturgia Pascal. Salvo por fortes razões, não deve ser omitida e terá lugar sempre depois da meia-noite.