1 de maio de 2012
servos da terra

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“O amor espanta o medo.” (I Jo 4, 18)

Todo retorno marca o fim de uma espera que poderá ter sido breve ou longa. A alegria da chegada faz a festa dos que pela volta esperam. E tanto maior o tempo de ausência, mais intenso será o reencontro, que não é senão a atualização do encanto do primeiro encontro. Repita-se o que já fora dito: fomos criados para nos encontrar, e, por isso, os desencontros nos fazem sofrer tanto a ponto de nem sempre se saber ao certo como suportar. Assim se passa entre os que se amam e não apenas entre os que se suportam. Os que, assim, portam-se, alegria alguma, por esta via, aportam. Desertos e oásis, a partir daí, haverá. Afinal de contas, com que ou quem, na vida, pode-se contar? É preciso que o ter em conta propicie o encontro que gera o encanto; do contrário, de um sistema de mútua cooperação estaremos tratando (duração isto teria até quando?), sem saber, contudo, com que proximidade estaríamos lidando. De proximidades tratando-se, tenha em mente que convém o equilíbrio a quem segue em frente para o alinhamento de certos elementos, como disposição interna e momento adequado, na efetivação de um projeto, em preciso espaço e tempo. Um ponto de equilíbrio tu precisas encontrar, definitivamente; do contrário, serás semelhante a uma nau ao sabor dos ventos.

Para que evites riscos de seres precipitado contra as rochas nas marés ou que a desertos sejas levado, hás que estar atento aos sinais dos tempos; eles falam mais do que palavras conseguem dizer. Pois a palavra não recobre toda verdade daquilo que se pretenda fazer ver.

Depois de tudo falado, ainda restará algo por se dizer. Palavra é mediação. Em parte, descobre o que da outra parte encobre. Cobra de onde não se consegue entender. É de se crer? A palavra é algo que não é exclusiva, mas inclusiva; não é algo à parte, mas é parte do ato de se querer fazer entender. Ela já vem marcada pelo lugar de quem dela faz uso para dizer. E o que diz a palavra? O que se intenciona comunicar (claro, mas nem sempre!) e isso é parte de quem dela faz uso para se fazer compreender. Nessa fala, algo vem, algo retorna, num jogo de báscula onde nem sempre se reconhece aquele que fala naquilo que diz.

Todo retorno marca o fim de uma espera que poderá ser breve ou longa. A espera, que se faz na esperança, põe fim a toda ânsia, na certeza de que, se bem administrada a travessia, não se viverá à revelia, ao sabor dos ventos, correntezas, trocando-se a noite pelo dia.

Pe. Airton Freire


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