“Judas foi, também, um dos escolhidos. Ele era um dos doze. Ao escolher seus discípulos, Jesus havia rezado a noite inteira e, na manhã seguinte, escolheu aquele que Ele quis. O projeto pessoal de Judas não coincidiu com o de Cristo. Resultado: vendeu o Mestre. Não o escutou. Ele ouviu do Senhor o aviso de que, da forma como as coisas estavam se encaminhando, resultariam em traição. Mesmo assim, ele não se sentiu demovido. Jesus deu, ainda, um novo aviso: “Um de vocês vai me trair”. E a traição, sem arrependimento, equivale a guardar um traço de sofrimento. Manter isso não tem cabimento. Novo aviso de Jesus: “Um de vós há de me trair (…) Melhor seria para ele que não tivesse nascido” (Mt 26,21.24). Judas conviveu com o Senhor: ele conhecia o quanto o Senhor era capaz de perdoar. Fechou-se, não quis. Não há culpa, não há pecado que o Senhor não perdoe. Por acaso Pedro também não negou o Senhor? Mas, Pedro saiu e chorou amargamente; enquanto Judas permaneceu ainda fechado. Traiu e não deu chances para a reconciliação.” (Pe. Airton)