“As possibilidades de se realizar tudo o que, alguma vez, algum dia, por ti tenha sido planejado passam pelas vias dos teus limites e das tuas potencialidades. Vou repetir: as possibilidades de se realizar tudo o que, alguma vez, algum dia, por ti tenha sido planejado passam pela vias dos teus limites e das tuas potencialidades. És, na tua natureza humana, limitado. Na mesma natureza, contudo, reside a riqueza do muito que ainda não foi explorado. Se, por um lado, és limitado e nem tudo poderás realizar conforme planejas, residem também na tua natureza grandes possibilidades, ainda em estado latente, de que o que até então não tenha sido feito possa ser efetivado. Por isso, tu vives um estado tensional entre os teus limites e o teu potencial. Limites não significam que estejas amordaçado. Limites até te ajudam a balizar certos elementos. Percebendo que nem tudo o que emerge de ti pode resultar em solução para algo inesperado, tu te darás conta de que és limitado. Tu perceberás, igualmente, que demandas – externas ou internas – não se resolvem tão somente em razão de sentimentos, por melhores que sejam em determinados momentos. Nisto, os limites te ajudam: levam-te a perceber a si mesmo como um ser limitado e, portanto, carente de superação.” (Pe. Airton)