3 de janeiro de 2013
servos da terra

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Caríssimos membros do Ipa Central,

Peço-lhes fazer chegar a todos os Grupos da Terra:

1. Disse, hoje, a Dom José Luis, bispo Diocesano de Pesqueira, que muitos dos nossos, da Terra, nao são crismados.

2. Disse da formação que temos.

3. Disse que os não crismados da Terra ficariam muito felizes, se ele pudesse crismar os filhos e filhas da Terra em nosso retiro de Agosto.

4. Ele respondeu: “sem problemas; com muito gosto”.

5. Em razão do exposto, peço para Luana ver um data em Maio e outra em Junho.

6. Veremos com os inscritos qual a melhor data, em que mês, para termos um retiro especifico (sem atendimento) somente para a formação dos crismandos da Terra de todos os Estados.

7. Pedir façam contato com um outro padre formador para nos ajudar naqueles dias, aqui, em nossa casa de retiros.

8. Abrir inscrições, através da Diretoria de Comunicação (Dita) a todos os interessados.

9. Um assunto final: precisamos saber onde se encontra a Ata de Instituição do Ipa, para registrarmos em cartório aqui em Arcoverde. Depois de ter andado por vários lugares, precisamos localizá-la.

In Christo,

Padre Airton

Servo menor

Na Terra para servir

2 de janeiro de 2013
servos da terra

Um dos mais assediados líderes religiosos dos dias de hoje, padre Airton Freire ganhou adeptos por seu talento para ouvir as dores do mundo – e amenizá-las.

entrevista_fortaleza[1]

É tarefa das mais difíceis escapar aos olhos azuis do Padre Airton Freire. Curiosos, perscrutadores, parecem escanear o interlocutor em busca do que está além do verbalizado. “Os olhos são espelhos da alma”, desconversa o clérigo, entre um sorriso e outro, quando perguntado sobre o que, de fato, busca o seu olhar.

Morador de Arcoverde (PE), padre Airton tem muitos fiéis espalhados pelo Brasil – uma parte expressiva deles em Fortaleza, cidade que visita a cada dois meses. Para estes fiéis, é um sacerdote iluminado capaz de amenizar as mais cruéis dores da alma e aconselhar qual o melhor caminho seguir. Nesta entrevista exclusiva ao O POVO, padre Airton anuncia que a solidão é o principal mal de que padece a humanidade hoje e fala sobre o sentido do Natal.

O POVO – O que o senhor define como a sua missão?

Padre Airton- Eu sou um padre que escuta. Um padre que reza e um padre que escuta. O mundo precisa de quem escute. Acho que Deus me escolheu para escutar as dores do mundo.

OP – O que o senhor faz com o que escuta?

Padre Airton- Eu me disponho a ouvir as pessoas e como, na minha insuficiência, eu não sei o que dizer, o que fazer, eu suplico a misericórdia divina. De maneira que quando estou conversando com alguém, eu estou todo o tempo escutando e dizendo: “Meu Jesus, misericórdia!”. Porque eu não sei o que dizer em tão pouco tempo para situações que eu não aprendi como resolver. E às vezes chega uma palavra para ser dita, e eu digo. E isso ajuda. É assim (risos).

OP – O que o motiva a seguir nessa missão de escutar as dores da mundo?

Padre Airton- Eu me tornei padre para seguir as pegadas de Jesus. Esquecido de mim, eu vivo para anunciar, dar continuidade à obra de evangelização. Eu preciso divulgar a misericórdia, que é o outro nome para se falar de Deus. Se alguém já disse que Deus é amor, disse São João muito bem, muito apropriadamente, mas é um amor misericordioso, um amor efetivo. Como disse Santo Agostinho, “tem olhos para ver a necessidade dos homens, tem pés que caminham em direção ao indigente, tem mãos que ajudam, tem ouvidos para escutar as dores do mundo, assim é o amor”. É um amor efetivo, um amor que se traduz em zelo. E incentivando as pessoas também, cada uma segundo as suas possibilidades e para cada segundo suas necessidades. Este é o lema dos grupos da Terra. Os grupos da Terra têm este nome porque eles buscam fazer na Terra a vontade do Pai que está nos céus. Aqui em Fortaleza nós já somos 22 grupos. Já estamos espalhados pelo Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Distrito Federal, também tem grupos na Inglaterra e nos Estados Unidos. São pessoas que buscam traduzir a misericórdia divina em serviço aos que mais precisam.

OP – O senhor tem um grande número de, não sei se a palavra correta seria seguidores, mas de entusiastas, pelo menos. Pessoas que acreditam… que se sentem confortadas pela sua presença, pela sua companhia. O senhor acha que o mundo está precisando tanto assim de gente que ouça?

Padre Airton- Muito. Alguém já disse: “É um mundo de muitos deuses e pouca crença. Muita ciência e pouca humildade. É um mundo de muita comunicação e grande solidão. É um mundo dos que não têm mais tempo, dos que se empobreceram, cujas presenças nada dizem e cujas ausências muito falam”. É um mundo que precisa de quem os escute. O mundo está quase doente.

OP – É mesmo, padre? De que doença quase padece o mundo?

Padre Airton- A maior delas é a solidão. Às vezes, a solidão acompanhada, solidão a dois. E que se apresenta em forma de depressão, aumenta o número de câncer, separações… Muitas opções de escolha e seguidos fracassos. Alguns sobrevivem nesta atual normalidade de vida.

OP – O senhor é um homem que já ouviu muito. No fundo, todo mundo está procurando por amor?

Padre Airton- O que nos mobiliza é a falta. Todos nós somos faltantes. E enquanto faltantes somos desejantes, e enquanto desejantes demandamos. E enquanto demandamos fazemos opções, escolhas e isso vai pontuando a história de nossa vida. A história de nossa vida é a história de nossas escolhas, voluntárias ou involuntárias. Essas que nos fazem nos realizar ou nos frustrar. Então, o que mobiliza o sujeito é a falta. É a falta ser. E Santo Agostinho já disse: “Nosso coração está irrequieto enquanto em Ti não descansar”. O mesmo Santo Agostinho disse, no livro As Confissões, “Oh beleza tão cara quanto antiga, quão tarde eu te conheci, quão tarde eu te amei. Eis que eu te procurava fora e tu já estavas dentro de mim”. Se busca fora o que já está dentro. É preciso que haja quem os escute e remeta à razão de suas próprias faltas. E se eles souberem se administrar, se administrar como pessoas faltantes, cuja falta jamais será preenchida, se souberem elaborar suas perdas, se souberem potencializar suas possibilidades e capacidades viverão melhor. Inaugurarão um tempo melhor. Dizem até que está para começar em breve… (risos).

OP – Padre, qual o papel da fé no mundo atual?

Padre Airton- A fé é o que faz a diferença. A fé é a descoberta da razão de ser de si mesmo. Sem fé é impossível continuar. Sem fé se encontrarão substitutos sempre inadequados para colocar em seu lugar. Tanto totens quanto tabus, tanto superstições quanto o que for… Mas a fé é inerente à natureza humana. Nós fomos criados Nele, por Ele e para Ele. E sem Ele nada faz sentido. Negá-Lo é encontrar um substituto para a falta, para o buraco que ficará no lugar, que não o humanizará, não o divinizará, mas que o alienará.

OP – Este período do ano é especial para o senhor?

Padre Airton- Muito! É tempo de espera. O que há de vir… E nos retiros que eu tenho pregado nesse período do ano eu tenho dito que tão importante quanto esperar é criar as condições adequadas para que o esperado em vindo acontecer possa aí permanecer. Pois tão importante quanto ter é saber conservar. Tão importante quanto ir é ter claro onde se quer chegar. É um tempo de espera, tempo de advento. O que há de vir precisa vir para permanentemente ficar. O contrário será apenas uma frustração.

OP – Esse “o que há de vir e o que há de ficar” é manter Jesus no coração não só na época do seu nascimento como o resto do ano?

Padre Airton- É o referencial estável. É a prova de amor mais clara que já tivemos. É o referencial estável, seguro, no qual podemos nos apoiar. É Ele. E a partir Dele tudo pode se modificar.

ENTENDA A NOTÍCIA

Airton Freire de Lima nasceu em 29 de dezembro de 1955, em São José do Egito (PE). Ordenou-se padre em fevereiro de 1982. Há 26 anos, preside a Fundação Terra, entidade com trabalhos em saúde, educação e moradia para necessitados.

1 de janeiro de 2013
servos da terra

12 (2)

Aos Grupos da Terra, em todos os lugares em que estiverem presentes, no Brasil e no exterior, com todo o meu zelo, atenção e preces.

“Sede sóbrios e vigiai em oração.” (1 Pe 4, 7)

Cada acontecimento de tua vida é uma oportunidade dada para que possas avançar ou regredir, mudar a atual situação e suas condições ou decidir se, parcial ou totalmente, vais querer desistir.

A cada pessoa é dada uma oportunidade para que possa levar adiante um projeto, e, ao longo da sua execução, ela haverá de administrar diversas situações que poderão levar à concretude do planejado ou à frustração do que antes tiver sido pensado. Está em ti decidir por este ou por aquele caminho. Está em ti realizar o que põe em equilíbrio o teu coração e a tua mente ou dividir-te em ti mesmo e não realizar, por nenhuma via, os teus melhores intentos.

Se enfraquecido estiver o teu coração quando tiveres que tomar uma decisão e não souberes, ao certo, por onde começar, convém, antes, avaliá-la, exatamente, para que não te aconteça que, uma vez decidindo, venhas tu a retroceder não sabendo mais por onde continuar. Não te aconteça também que a tua razão dê razão a coisas que com a própria razão não podem mais combinar. Pois, quando se quer, qualquer motivo serve para desculpar ou até para apresentar razões que a própria razão nem sempre pode aceitar.

Se tu estiveres, interiormente, dividido, estarás também enfraquecido, e qualquer projeto que parta de quem esteja dividido é projeto que poderá ser iniciado, mas nunca ou só bem tardiamente será concluído. Tu precisas estar, por inteiro, em tudo o que vieres a realizar. Dividido e, portanto, enfraquecido, não saberás levar nenhum projeto a bom termo quando elementos contrários vierem a se apresentar.

Se tu estiveres dividido, mesmo que tenhas saído primeiro, acabarás te tornando derradeiro, não levando a bom termo a obra que, um dia, em ti e por meio de ti, pôde se iniciar. Se tu estiveres enfraquecido, as tuas falhas estarão mais à vista, e os empecilhos que vierem a ocorrer, encontrando-te desguarnecido, minarão as tuas forças, e o teu projeto, por mais bem intencionado, não verás ou retardarás. Portanto, que estejas bem ciente de tua condição, que implica em potencialidades, conhecimento de teus limites, e observa o oportuno ou o inadequado de te trabalhar para torná-lo executável. Não entres em nenhuma atividade se, intimamente, não estiveres convencido de tua unidade, pois dela primeiramente dependerá a bem-sucedida conclusão do projeto, por mais bem executável que ele possa parecer. A execução de um projeto dependerá de quanto por inteiro tu estiveres presente naquilo que haverás de administrar. “Um reino, dividido em si mesmo, não poderá continuar”. Erro repetido, já de antemão sabido, é motivo para que tu te tornes, previamente, derrotado. Não considerando os erros passados nem as lições que tens de aprender, deixas de integrar todo aprendizado à tua realidade. Por conseguinte, mesmo que, inicialmente, bem planejado, o projeto será arruinado por não teres condição de administrar quando os elementos contrários começarem a se apresentar.

Pe. Airton Freire

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