Primeira Leitura (Is 50,4-9a); Responsório (Sl 68); Evangelho (Mt 26,14-25)
“Com teus próprios atos e palavras, tu testemunhas o que acreditas ou negas aqueles que em ti depositaram confiança. Negas o que firmaste acreditar, nega o que te identifica como sendo e que revelas que, neste plano, não estás nem queres permanecer para testemunhar.
Hoje se fala do tema da traição. Trair ao que se acredita, colocar-se contrário à vida, pôr-se do lado de quem agride e maltrata o melhor do que trazias contigo. Ao contrário, há outros que testemunham com a própria vida valores dos quais sempre acreditaram, colocaram-se ao lado da vida, da esperança e, mesmo mortos, em sua memória todos eles continuaram. A memória de todos eles continuou e não passará, ao contrário daqueles que como traidores serão lembrados, como aqueles que decepcionaram, aqueles que não levaram adiante o que lhes havia sido confiado. Pecar é trair, pecar é dizer não a quem disse sim.
Pecar é colocar-se no lado contrário, é surpreender como acontecimento que denigre, enodoa e desqualifica todo passado. Que o Senhor te leve a compreender a gravidade da traição, ao que solenemente prometestes, aos valores dos quais tu crestes ou disseste acreditar. Que o Senhor te livre do mal.
Que o Senhor não te faça cair no ato de trair, porque seria demasiadamente sério para aqueles que, outra vez, haveriam de te encarar.
Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.”
(Pe. Airton)
Primeira Leitura (Is 49,1-6); Responsório (Sl 70); Evangelho (Jo 13,21-33.36-38)
“Tu sabes o que é ter encontrado, depois de anos, anos a fio ter procurado, tu sabes? Tu sabes o que é algo como um presente ter te chegado, depois que anos a fio, a esmo tendo estado acontece-te, de repente, entender, afinal de contas, que é possível, mesmo que antes não acreditasse, voltar a vida, reviver?
Tu podes imaginar o que é ser dado por perdido e depois, e de repente, um acontecimento devolver-te a vida? Para ti pode, apenas, significar um detalhe, um fato ao qual darás muita importância, mas a importância não está tanto no fato quanto no significado colocado no contexto do acontecido. A vida, a vida, surgiu onde antes nada existia.
Tu poderás ficar preso a um momento, a um detalhe do acontecimento e aí não entender a dimensão, a grandeza, a ultrapassagem, a ultrapassagem de um antigo momento em que estavas vivendo. Isso é de uma grandeza que, em palavras, não se pode colocar.
Tu te lembras que, nos anos em que o Senhor entre nós caminhava, havia uma parte de pessoas que ficava no detalhe, tão somente no detalhe, de Ele ter transgredido uma norma, qual seja, o sábado. Essa norma não poderia ser transgredida, enquanto de que se tratava aquele momento em devolver alguém a vida. Isso era o mais importante, era o que mais importava, mas a outra parte não enxergava, porque continuava míope, preso a pequenas coisas e não se punham na totalidade ao lado da vida. Era a mesquinhez do cumprimento estrito do escrito, enquanto um acontecimento maior acontecia bem ali ao lado, a vida era devolvida. Alguém desesperançado, alguém que considerava parte de sua vida já despossuída, volta a retomá-la, a alegria volta, ressurge a vida. Isso é mais importante, foi mais importante, tem sido mais importante do que a observância estrita de um preceito só pelo preceito.
O homem foi feito para a vida e o sábado feito para o homem, não o homem feito para rastejar, para entregar-se à morte. Mas, uma vez descobrindo a vida, abraçar, conserva-lá, e essa vida, sendo integrada a um projeto maior, a partir dali avançar.
Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.”
(Pe. Airton)
“Nós vamos ficar alguns instantes em silêncio e vamos pedir a Jesus perdão, porque causamos a sua morte quando o negamos. Pede a Jesus que se compadeça de ti, que perdoe os teus pecados. Pede a Jesus que te dê na vida uma nova oportunidade. Diante da morte de Jesus, diante do Cordeiro de Deus imolado, inocente julgado e condenado, nós nos calamos, nós nos envergonhamos dos nossos próprios erros e pecados, e com o coração contrito nós admitimos que Jesus é Deus e Senhor. E quando nós o ofendemos, nós aumentamos o grupo daqueles que cometeram este crime. Quando nós pecamos, nós o açoitamos. Quando nós negamos e de Jesus nos envergonhamos, nele nós cuspimos. Quando nós negamos Jesus em atos, em palavras, nós o estamos agredindo como se um filho se envergonhasse do pai. Pede a Jesus perdão.” (Pe. Airton)
Misericórdia Senhor, misericórdia.