1 de maio de 2012
servos da terra

12 (2)

Aos Grupos da Terra:

MA, PI, CE, PE, AL, BA, MG, ES, Marseilles, Londres e Estados Unidos

“O amor espanta o medo.” (I Jo 4, 18)

Todo retorno marca o fim de uma espera que poderá ter sido breve ou longa. A alegria da chegada faz a festa dos que pela volta esperam. E tanto maior o tempo de ausência, mais intenso será o reencontro, que não é senão a atualização do encanto do primeiro encontro. Repita-se o que já fora dito: fomos criados para nos encontrar, e, por isso, os desencontros nos fazem sofrer tanto a ponto de nem sempre se saber ao certo como suportar. Assim se passa entre os que se amam e não apenas entre os que se suportam. Os que, assim, portam-se, alegria alguma, por esta via, aportam. Desertos e oásis, a partir daí, haverá. Afinal de contas, com que ou quem, na vida, pode-se contar? É preciso que o ter em conta propicie o encontro que gera o encanto; do contrário, de um sistema de mútua cooperação estaremos tratando (duração isto teria até quando?), sem saber, contudo, com que proximidade estaríamos lidando. De proximidades tratando-se, tenha em mente que convém o equilíbrio a quem segue em frente para o alinhamento de certos elementos, como disposição interna e momento adequado, na efetivação de um projeto, em preciso espaço e tempo. Um ponto de equilíbrio tu precisas encontrar, definitivamente; do contrário, serás semelhante a uma nau ao sabor dos ventos.

Para que evites riscos de seres precipitado contra as rochas nas marés ou que a desertos sejas levado, hás que estar atento aos sinais dos tempos; eles falam mais do que palavras conseguem dizer. Pois a palavra não recobre toda verdade daquilo que se pretenda fazer ver.

Depois de tudo falado, ainda restará algo por se dizer. Palavra é mediação. Em parte, descobre o que da outra parte encobre. Cobra de onde não se consegue entender. É de se crer? A palavra é algo que não é exclusiva, mas inclusiva; não é algo à parte, mas é parte do ato de se querer fazer entender. Ela já vem marcada pelo lugar de quem dela faz uso para dizer. E o que diz a palavra? O que se intenciona comunicar (claro, mas nem sempre!) e isso é parte de quem dela faz uso para se fazer compreender. Nessa fala, algo vem, algo retorna, num jogo de báscula onde nem sempre se reconhece aquele que fala naquilo que diz.

Todo retorno marca o fim de uma espera que poderá ser breve ou longa. A espera, que se faz na esperança, põe fim a toda ânsia, na certeza de que, se bem administrada a travessia, não se viverá à revelia, ao sabor dos ventos, correntezas, trocando-se a noite pelo dia.

Pe. Airton Freire


2 de abril de 2012
servos da terra

12 (2)

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“Aquele que me ama guarda a minha palavra.” (Jo 14, 24)

Há certas coisas que chegaram às tuas moradas, sorrateiramente e, um dia (praza aos céus que não tardiamente), percebeste que ali não poderiam continuar da forma como estavam se dando até aquele momento. Há certas coisas que, por teu consentimento, fixaram-se em teu coração e por outras foste surpreendido e, uma vez acontecidas, a tua alma tornou-se aprisionada. Assim, estranha em sua própria casa, ela passou a desdizer-se. O que fora conseguido, no limite de sua condição, passou, então, a ser objeto de muitos riscos e talvez ganhos, em outras ocasiões.

Tu precisas ser cauteloso acerca das coisas que consentes entrada em teu coração. Atento precisas estar a que tua forma de ser possa espelhar, afinal de contas, os valores que mais profundamente em ti são dignos de se crerem. Não dês a tudo consentimento ao teu coração, pois, de lá, partem as maiores decisões, que são responsáveis por quedas ou soerguimentos, por alegrias ou sofrimentos. Teu coração, oásis que é, em meio à crescente desertificação, é o recôndito mais particular de tua morada. Se a tudo deres entrada, o que será de ti? O que dali procede resultará pró ou contra ti. Cuida das entradas e das saídas do teu coração e equilibra teu sentimento com o que vem da razão. Se ambos de mãos dadas caminharem, se a tua razão com o coração andar equilibrada, farás uma longa jornada, não livre de percalços, mas na certeza de que a obra será, enfim, realizada. Mas, se ao longo da caminhada, fizeres tu concessões e deres entrada ao que valor algum, forma razoável, à razão concede, teu coração, réu, então, tornado, precipitado em grandes dificuldades, verá que tu serás o próprio caçador de ti e assistirá teus inimigos, poucos ou muitos, rirem-se de ti. Tropeçarás com teus próprios pés, viverás uma situação criada por ti como os que vivem o revés sem saber de si. Volto a insistir nesta afirmação: “A tudo, não dês entrada ao recôndito mais particular do teu coração”, porque, uma vez aí tendo se estabelecido, haverá de querer fazer parceria contigo e fazer dos teus ditos desmentidos, dos teus atos momentos a serem balizados ou avaliados pelas razões de quedas ou perdas de sentido.

Há certas coisas que contigo não podem mais combinar.

Pe. Airton Freire

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10 de março de 2012
servos da terra

12 (2)

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“Sem mim nada podeis fazer.”

(Jo 15, 5)

A realidade mais profunda que nós experimentamos é que nós nos modificamos com o passar dos anos, positiva ou negativamente falando. Contudo, um núcleo em nós é constante. Nós nunca somos os mesmos de tudo o que fomos antes. Existe algo em nós que está em constante mutação e que, nesta condição, pode levar a avanços progressiva e positivamente, bem como a regressões profundas, nunca imagináveis antes. A questão está na forma como tu hás de encarar determinados acontecimentos que podem te levar a superações internas ou externas. Isso pode levar a um consequente crescimento ou a evidências de algum registro no qual queiras te fixar e aí permanecer petrificado, como se à imagem daquele fato estivesses tu colado e não quisesses ou pudesses dali sair e não te permitisses, tampouco, progredir.

As mudanças mais profundas que acontecem no teu coração, com implicações em tua realização, participam de um processo de maturação, conhecimento da verdade que te constituiu e te fez ser como os fatos o têm mostrado. Há de chegar, então, o momento em que não se encontrará mais espaço para a pertinência dos limites nos quais até então tens estado. Aí, dar-se-á um salto. Mudanças profundas assim outros já experimentaram, podendo viver e participar de uma realidade que traz a marca constante de ser em si mesma insuficiente. A falta estará, em qualquer realidade, presente. Superações, portanto, hão de ser a necessidade, para que se revele o  traço seu mais permanente.

A realidade mais profunda que nós experimentamos é que nós nos modificamos com o passar dos anos, positiva ou negativamente falando, como já dissemos anteriormente. Mas como em toda culminância há um declínio ou crescimento antecedente, mudando-se a dinâmica, permanece a marca dos avanços ou recuos na realidade basilar, esta estrutural, através dos tempos.

Pe. Airton Freire

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