1 de novembro de 2013
servos da terra

12 (2)Aos Grupos da Terra, em todos os lugares em que estiverem presentes, no Brasil e no exterior, com todo o meu zelo, atenção e preces.

“Sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça. Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação. Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele.” (Eclo 2,3-6)

Acontecimentos mudam; planos mudam também. O consentimento, nessa mudança de planos, tem lugar de destaque e com ele precisa se contar para que a uma saída plausível possa se chegar. Mudanças de planos acontecem quando se questionam possibilidades e se escolhe o que traz maiores chances de algo poder se resolver. Todavia, mudanças de planos também podem acontecer quando independem da vontade de quem não vê outra saída senão executar o que tem a fazer. Mudanças de planos acontecem na vida de alguém quando, de repente, algo lhe surge, e não se sabe devido a que ou a quem. Mudanças de planos acontecem e são semelhantes a plantas que fenecem; outras vezes, a plantas que florescem. Mudanças de planos acontecem e nem sempre enternecem, mas entristecem. A questão não está tanto em saber devido a que as mudanças vêm acontecendo, pois nem tudo o que ocorre pode ser compreendido. A questão está em saber o que fazer quando mudanças de planos vêm a acontecer. É preciso, então, estar preparado e colocar-se, de vez, aos divinos cuidados, para aquilo que há de vir. Pois, se não for para construir a partir do que de bom houver, o projeto por inteiro haverá de ruir.

Mudanças de planos acontecem em tua e na vida de qualquer pessoa. Independem, para isto, do teu querer, atingindo o que tenha tua maior ou menor afeição. O que fazer então?

É preciso que, por razões de planos, em suas mudanças, não venhas tu a te perder. É preciso que o coração esteja preparado e que a razão não sofra sobressaltos acerca daquilo com que não saberá lidar. Quando tiveres de fazer uma opção, necessariamente precisas estar preparado para aquilo que há de vir disso, de modo a não haver tropeços.

Há coisas que, uma vez acontecendo, são irreversíveis. Se mudanças de planos, em tua vida, vierem a acontecer, olha para a frente, encara a situação e guarda, de todo e qualquer passado, apenas a lição. Não sejas saudoso desta ou daquela situação. O teu presente é melhor que qualquer passado. Não te faças de rogado, pois, para ganhar, muitas vezes é preciso ter que perder. Se mudanças, em tua vida, estiverem acontecendo, guarda contigo o que estou te dizendo: não venhas tu a te perder por não saberes como lidar com o que estás a viver. Volto a repetir coisas que, antes de mim, já ouviste dizer: que não venhas tu a te perder nem pela frieza da razão nem pela tirania da paixão, mormente aquelas que acometem os corações.

Confia no Senhor. Coloca nele toda a tua esperança, e ele dará fim a toda ânsia. Se nele, na verdade, vieres a acreditar, tu verás o que o seu amor, em ti, é capaz de realizar (sobre isto, já me ouviste falar).

Acredita no Senhor. Confia no seu amor. A misericórdia do Senhor é um abismo infinito, maior que qualquer grito, mais profundo que o mais profundo dos abismos. Confia no Senhor. Que, em seus braços, queiras tu, em definitivo, lançar-te. Do contrário, por desconfiares, perdas muitas haverás de provar. E se, de repente, fores tu surpreendido por este ou por aquele acontecimento, confia no teu Senhor e estejas preparado tanto para grandes alegrias quanto para expressões de dor, mas jamais saias de seu amor. Permanece em seu amor, mesmo na solidão, mesmo em meio à multidão, mesmo com a alma enlutada, mesmo da solidão acompanhado. Onde quer que estiveres, como estiveres, em tudo que disseres ou fizeres, confia no teu Senhor, e mudanças de planos, quando vierem a acontecer, independentemente do teu desejo, do teu querer, não haverão de te surpreender por terem estado no possível de acontecer.

Pede ao Senhor, tão somente, a graça de permanecer fiel ao seu amor. Confia no Senhor, e mudanças de planos perderão o impacto, não te tirando o equilíbrio que sempre precisarás manter.

Pe. Airton Freire

1 de outubro de 2013
servos da terra

12 (2)Aos Grupos da Terra, em todos os lugares em que estiverem presentes, no Brasil e no exterior, com todo o meu zelo, atenção e preces.

“Elevarei meus olhos ao monte, de onde virá o meu socorro. O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra. Não deixará vacilar teu pé, aquele que te guarda não tosquenejará.” (Sl 121,1-3)

Se alguém te perguntasse “a tua dor, onde está mais doendo”, o que tu responderias? Se alguém te perguntasse “de que ou de quem, tu te sentes à revelia”,  o que tu dirias? Tens trocado a noite pelo dia? O teu tempo é feito de quê? Tu te sentes mais afeito a quê? Ou desinteressado de que e por quê? De que são feitos os teus movimentos? O que responde pela tua alegria? Para que precisas receber (se não já recebeste) a carta de alforria? Afinal de contas, o que te encanta? O que não mais contas nem fazes contas, mas descontas em quem nada tem a ver, em quem em nada mais te encanta? O que mais não contas nem fazes conta, por quê? Para quê? Em razão de quê? Se não ficar clara para ti a tua dor, onde mais estiver a doer, poderás te perder. É preciso recuperar a alegria de viver. É preciso, de novo, reconquistar a vontade de sonhar. Um objetivo, para ti, há de haver, e, para viveres, ele precisará ser posto claramente, para que não te sintas dissipado, nem administrando o que não te ajuda a viver a mais genuína verdade. O melhor da vida é viver. Não venhas tu a te perder, volto a te dizer. A fim de ajudar-te a compreender o tempo que estás a viver, eu te pergunto: vives em função de quê? Ages para quê? Trabalhas para pagar contas? Contas que já nem se contam mais, coisas que nem sabes de que és capaz, e para ti, às vezes, isto tanto faz; coisas de que dizes: isto não me apraz; coisas que desejas, intimamente, não querendo. Eu repito: para quais coisas estás vivendo? Para quais outras estás morrendo? É preciso, neste primeiro momento, que tu leves em conta aquilo com que nem contas mais. Volto a dizer: é preciso que tu te decidas por querer discernir, do contrário, poderás até acrescentar mais sofrimento ao fato de não saber para onde ir. Então, novamente, eu te pergunto: o que em ti não podes mais conter? O que é preciso fazer acontecer? Para quais coisas estás deixando de viver? E por quais outras é preciso renovar a alegria e a vontade de viver? Lembra desta verdade: crer é uma necessidade; crer não é um luxo da espiritualidade; crer é tão necessário quanto o ato de respirar, sem o que, derrotado, na batalha, haverás de entrar. Crê que é possível; crê que o impossível Deus pode fazer acontecer. Quanto a ti, faze o que tiver ao teu alcance e acredita: por muito menos do que podes imaginar, até por um relance, a situação poderá mudar, por quanto de verdade e coerência aí puderes colocar.

Trabalha, portanto, como se tudo dependesse só de ti e, depois, entrega tudo, como se tudo dependesse só de Deus, e serás alegria para muitos, fortaleza para ti e para os teus. Mas, antes disso, sem demora, considerando agora o tempo em que estás vivendo, eu te faço, novamente, as perguntas: para quais coisas tu te sentes morrendo? Para quais coisas estás vivendo? O que para ti, na verdade, não podes mais protelar? E quais as coisas para as quais tu precisas ainda de um tempo de espera? Que coisas são estas? Onde estão as tuas arestas?

Pensa sobre este momento. Isto só leva alguns instantes e ordena os teus pensamentos. Faze isto na presença do Senhor, e aquele que é o teu Deus e é só amor haverá de escutar o pedido, quiçá até o teu clamor. Por amor.

Pe. Airton Freire

1 de setembro de 2013
servos da terra

12 (2)Aos Grupos da Terra, em todos os lugares em que estiverem presentes, no Brasil e no exterior, com todo o meu zelo, atenção e preces.

“Nenhum servo pode servir dois Senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou há de amar a um e odiar o outro.” (Lc 16,13)

Quando eu sirvo a coisas que se opõem, eu me divido. Quando eu trago comigo coisas que são contraditórias e passo a vivê-las, eu acabo me desencontrando. Desencontros acontecem quando se tenta conciliar o que se contradiz, conciliação de difícil saída. Quando alguém se aproxima de algo de que, por princípio, sente dever se afastar, cria-se um conflito a que damos o nome de aproximação-afastamento. Tu sabes, por tua própria experiência de vida, que nem tudo o que junta soma. Há coisas que permanecem, uma em relação a outra, em justaposição, como água e óleo, pois a natureza de cada uma delas é distinta, e elas não se conciliam. Por isso, a primeira coisa a ser feita por aqueles que querem bem conviver – que são aqueles que se destinam a viver guiados pelo que significa amar – é discernir para, depois, optar; porque há coisas que andam juntas, mas não se misturam; há coisas que, mesmo próximas, estão separadas; e há coisas que, mesmo perto, não estão aliadas. É preciso discernir para poder prosseguir e para depois não vir o arrependimento. É preciso saber o que tem a ver com o que para não se perder tempo, para não se vir a sofrer. Por isso, se algo em ti provoca um certo mal-estar, inquietação, há que se verificar a razão, há que se verificar a quantas anda a relação entre mente e coração, para que não sofras nem a frieza da razão nem a tirania da paixão. É preciso discernir e, por vezes, para discernir, é preciso parar a fim de recomeçar e retomar pontos que, da forma como estão, não podem mais continuar.

Há certas coisas que é preciso saber de antemão, sem o que seremos semelhantes a um carro que caminha na contramão. Que não venhas tu a cair com teus próprios pés, nem a sofrer o que, por tuas próprias decisões, haveria de te causar revés. Há coisas para as quais tu já vives o adiantado da hora, e há certas coisas sobre as quais precisas decidir sem demora. Há coisas pelas quais é preciso esperar, e há coisas sobre as quais é preciso decidir imediatamente, já! Por isso, a pergunta que te faço inicialmente: que tempo é este em que estás vivendo? É feito de quê? Vives em função de que ou para quê? Tu fazes o que fazes buscando o quê? Em relação a que, tu te sentes além? Em relação a quem, tu te sentes aquém? Na verdade, o que tu estás fazendo é expressão da forma mais genuína do que estás querendo? Ou intimamente tu estás vivendo o que não desejas? E, a continuar desta forma, suportarás estas tensões até quando? Há coisas que não podes mais protelar, há certas coisas que tens de decidir, e outras até pelas quais terás de esperar. Qual a qualidade da vida que tu estás tendo? Em relação a que coisas tu te sentes morrendo e para que outras coisas tu estás vivendo? Afinal de contas, vives em função de que ou de quem? É claro para ti o para quê? Ou apenas vais fazendo o quê? Não importando para quem ou o por quê? Viver é mais que existir, já se disse um dia. Na vida, é preciso insistir, persistir, mas, antes de se fazer, há que se discernir. Do contrário, tu poderás fazer o que pode não te convir.

Pe. Airton Freire

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