“Não posso mais viver passivamente, esperando qualquer coisa chegar ou sofrendo por antecipação sobre coisas que eu nem sei nomear, nem sei como explicar. Eu preciso assenhorear-me da situação, porque Deus, ao criar tudo o que criou, fez de mim imagem e semelhança sua, ápice de sua criação, deu-me o seu Filho por irmão e pôs no meu peito o espírito de reconciliação. A viver de certa forma, em alguns aspectos, como eu tenho vivido, eu não poderei mais continuar. Eu tenho que tomar uma decisão, e aquele que me segura, aquele que me fortalece é Cristo Jesus, o meu Senhor, aquele que já deu por mim a maior prova de amor; é nele em quem inteiramente eu posso confiar. Viver assim, sendo governado pelo que me surge e depois desaparece; pelo que, em mim, é acordado e depois eu não sei como continuar, não poderei mais. Se assim tem sido, assim não terá que ser e, com a graça de Deus, não será. Aquele que bem não se governa não sabe também como outros governar. Aquele que não tem conhecimento de si corre graves riscos de seus pontos cegos, não elaborados, não trabalhados, desconhecidos, nos seus relacionamentos, vir a atualizar.” (Pe. Airton Freire)

“Se o teu Pai que está nos céus um dia pudesse te perguntar: Quem sou eu para ti? O que tu lhe responderias? Se alguém que mais próximo de ti estejas, um dia pudesse te interpelar: quem tem sido eu para ti? A esta pergunta o que tu irias responder? O que és para ti? O que são os outros para ti? Isto tu precisas perceber, porque o teu jeito de ser e de viver não fica somente em ti. Daí decorre conseqüências normais que pela sua própria vidência elas poderão afetar a tua vida, a outras vidas, poderão contrariar e ajudar, poderão te fazer crescer, decrescer, e sobre isto precisa se pensar.”

Pe. Airton Freire