1 de abril de 2015
servos da terra

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1 de abril de 2015
servos da terra

1“Se alguém me ama, guardará minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14, 23).

Realidades distintas são: moradas e casas. Concernente às moradas – muitas que são – que dentro de nós existem, há que se considerar instâncias adequadas e inadequadas que se revelam pela harmonia ou desarmonia que causam em quem as traga consigo. Tais instâncias cooperam ou resistem à graça, resultando em superação ou fixação de determinados entraves.

Moradas não são casas; são espaços da alma. Quando as moradas estão com a Verdade desalinhadas, difícil espaço passa a ser o da própria casa, onde mais se revela, pelo convívio, a forma genuína que cada um tem de ser.

A vida inteira, estamos saindo e voltando para casa. De casa, partimos; para casa, voltamos. Um tempo passamos fora de casa, de nossa própria casa. As moradas, por sua vez, são realidades que nos acompanham, dentro ou fora de casa, onde quer que estejamos. O que habita as nossas moradas, permitimos ou elidimos, e a isso nem aludimos. Decidimos.

Assim como o nosso nome é realidade que construímos ao longo dos anos, e isso nós é que decidimos, em construção contínua a realidade de nossas moradas nos acompanha enquanto de casa saímos e voltamos. Casas podem ser reformadas. Sua estrutura, contudo, permanece por gerações inteiras, malgrado os riscos de ser trincada. Estrutura comprometida é aquela que não garante mais a sustentação da construção de que ela é a base.

Há pessoas que não têm casa e vivem na rua. Outras vivem na rua como se estivessem em casa. Há pessoas que ocupam a casa, mas não fundam o lar e, por isso, permanecem alheias ao que lá se passa, como se lá não estivessem, como se o que ali acontecesse não lhes dissesse respeito, nada tivesse a lhes falar. São como presenças que não contam de ausências que muito falam.

Pessoas há que, sem casa, perderam-se, desentenderam-se e, aos poucos, nem isto perceberam, até o dia em que, chegado o momento de saturação, descobriram que não dava mais para continuar da forma como vinha acontecendo até então. Perguntaram-se: como foi possível? Que outro jeito agora se pode ainda dar?

O tema da casa é um tema que, de constante, haverá de nos acompanhar.

Há pessoas, como disse, que, sem casa, perderam-se; outras viram e viveram perdas em casa. Isto casa?

Há quem se case e se descase. Há quem de casa não faça caso. Quanto descaso! Por acaso? Por quais casos? Dentro ou fora de casa? Isso é obra do acaso? O que dizer dos que se perderam por casos e disseram que não faziam disso caso? Casas e casas. Uns fazem do lar só uma casa; outros, de uma única casa, fazem o seu lar. Por que será? Por que assim tem sido? Por que se comportar como se nada disso tivesse a ver consigo? Como se o tema da casa nunca fosse algo sério a se colocar?

Casa nós trazemos em nós, com ou sem nossos nós. E isso atualizamos em diversos momentos. Quantas moradas em casa há? Como interferem uns com os outros, esses que bem ou mal se querem? Quantos em casa esperam pelo que em casa não há? Casas e casas, e casam-se, cortam ou dão asas a que ou a quem? Nunca sim, sempre amém? Como se limite pra viver em casa nunca houvesse de se dar, colocam no lugar da casa – espaço do mais sagrado – coisas que não preenchem o vazio que na casa começa a habitar. No final de tudo ou mesmo por tudo, estamos todos voltando para casa, em dia e hora nunca dantes marcados, o que independe do nosso querer e de nossa vontade.

Quantos moram em casas, embora não se sintam lá? Quantas moradas em casa há? Compartimentos que são, partilhados ou isolados, cada um vivendo a sua individual morada, como se o conjunto todo não fosse algo a se considerar. Por isso, partidos, divididos, cindidos tornam-se os próprios atos desmentidos do que não conseguem mais falar. Sem considerar a verdade das lições de casa com tudo o que ela esteja a demandar.

Casas existem para serem ocupadas. Elas dizem mais respeito ao que se guarda no peito do que aquilo que se preenche dos vazios, onde ocupado ainda não está.

A despeito de todo vazio ou defeito, a casa é um espaço a ser construído e não algo a ser dividido pela ausência do que não pode ser compartilhado e assumido. Por falta desta compreensão, muitos vêm a se perder, em razões da mente e do coração, não sabendo localizar a razão de ser e de viver nesta ou naquela situação.

Pe. Airton Freire

1 de abril de 2015
servos da terra

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02 a 05 – Retiro de Páscoa, aberto para o Povo de Deus. Tema: “Desejei, ardentemente, comer com vocês esta páscoa” (Lucas 22, 15). Casa de Retiros da Sagrada Família, Arcoverde/PE.

10 a 12 – Retiro da Misericórdia, aberto para o Povo de Deus. Tema: “O que estava perdido foi encontrado” (Lucas 15, 32). Casa de Retiros da Sagrada Família, Arcoverde/PE.

17 a 19 – Retiro para os Consagrantes da Terra. Tema: “Santifica-os na verdade” (João 17, 17). Casa de Retiros da Sagrada Família, Arcoverde/PE.

20 a 23 – Retiro Personalizado. Casa de Retiros da Sagrada Família, Arcoverde/PE.

23 a 25 – Minas Gerais

Dia 23 de Abril, quinta-feira

Missa concelebrada com o Padre Fernando Lopes, 19h (Paróquia Santo Inácio de Loyola)

Lançamento do livro “Taipa”, 20h (Salão de Festas da Paróquia Santo Inácio de Loyola)

Dia 24 de Abril, sexta-feira

Tarde com Padre Airton em Montes Claros, 14h

Local: Casa da Divina Misericórdia

Ingresso: R$40

Dia 25 de Abril, sábado

Manhã com Padre Airton em Belo Horizonte, 8 às 13h

Local: Auditório do Crea

Ingresso: R$40,00

 

Contato Casa de Retiros da Sagrada Família

Telefone: (87) 8107-6710 falar com Geralda

e-mail: sagradafamilia.retiros@gmail.com

 

 

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