“Existe um fascínio junto ao qual reside um sentido para viver, e, mesmo nas crises ou dificuldades, se é por ele instado a querer vencer. Existe um fascínio que entorpece, embrutece, enfraquece e não deixa ver. A questão está em que tu possas discernir e, depois, optar por qual tipo de fascínio, em tua vida, haverás de te orientar. Considera, a partir do exposto, se alguém viesse te perguntar: O que fascina o teu olhar? Que (in)adequação, na vida, percebes estar a acontecer? Se um crescimento, apesar de certa cota de sofrimento, não estiver acontecendo, impertinente é tudo o que estás vivendo. A inadequação, a partir de um inaugural momento, traz consigo uma matriz de ilusão, com ou sem sofrimento. Quando se quer nisto enganar a si mesmo, há riscos de variadas maneiras. A saída está em optar pela verdade. Considera estes pontos em questão neste primeiro exemplo: o que remete ao coração pode não ter, na mente, repercussão, pois o coração pode dizer sim e a mente dizer não. No segundo exemplo: pode também acontecer, inversamente, que se venha a saber de que ponto se trate, precisamente, mas o coração não participe deste momento. Assim, serás levado a uma divisão que resultará em que fiques aquém ou além do que como meta estabeleceste. Como provação ou como (des)equilíbrio, pela descontinuidade de momentos, poderás compreender tal acontecimento. Todavia, o que se aprova, após a provação, é o que fica da verdade. Isto garante continuidade e torna possível ser efetivado o que resulta em permanente sentido. Reforço: o que dá sentido vem pela superação de limites – estes que, na humana condição, todos experimentamos – se o amor aí estiver presente.” (Pe. Airton Freire)
“Quer alegre ou triste, em paz, contudo, hás que te manter. Mais que existir, é viver. Liberdade interior é fruto da paz, a que se faz necessária porque propicia unidade e integra. Em qualquer situação, assim hás que te manter. Da verdade não querer saber é princípio básico para começar a se perder. Mesmo para o que de imediato não se consegue compreender, aberto e claro, o entendimento há que se manter. Em tudo, reside uma razão de ser. Embora fruto de dissabor, pode-se fazer a dor se abrir ao amor. Em ares de grande alegria, podem transitar os que vivem à revelia. A razão de ser das razões nem sempre tem razão de ser. Mesmo em desertos, há de se guardar consigo esta lição: mesmo de tudo o que não se pode ter, uma lição se pode obter. Nada é em vão. Mesmo a grande desolação pela qual venhas a sofrer traz consigo uma lição da qual és carente de aprender. Vive, portanto, o sentido; pois, sem sentido não faz sentido viver. A forma como encaras o (in)sucesso poderá te levar à superação ou fixação do que tiver te marcado.” (Pe. Airton Freire)
“Na força que no amor existe, confia e a cultiva como o bem mais preciso que em tua vida podes aportar. Dele, jamais queiras tu te afastar. Confia na força que no amor há. Só ele é capaz de converter. Palavras podem até convencer; só o amor, contudo, é capaz de mudar, e a mudança por ele operada ficará. E se, por algum momento, disseres que nada terá valido a pena, que tudo teria sido cansaço, mormente teu esforço; e se, depois de tudo e apesar de tudo, disseres que razão não tens mais para querer insistir, permanecer, em tudo o que tiveres vivido até ali, acredita: o amor, tão somente ele, como ponto de partida e de chegada, permanecerá e como apelo ainda continuará a registrar que vale continuar, pois, afinal de contas, o amor, só o amor, resgate do sentido trará.” (Pe. Airton)