“Vivei uma vida digna da vocação para a qual fostes chamados.” (Ef 4,1)

O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso:

A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus: pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele, e por amor, constantemente conservado: nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e não se entregar ao seu Criador.

Catecismo da Igreja Católica, nº27.

A festa de Corpus Christi celebra o mistério da Eucaristia, o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.

Jesus Cristo, na última Ceia, prometeu-nos comunhão eterna, tornando-se presente entre nós nos sinais do pão e do vinho:

“Isto é o meu corpo, que é entregue por vós” (1 Cor 11, 24).

“Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim” (1 Cor 11, 25).

“Nesta comunhão, entre a pessoa divina e a nossa humana condição, mistério de amor tem lugar, renovam-se todas as coisas, possibilita-se o novo acontecer”. (Pe. Airton Freire)

Nessa festa de Corpus Christi, elevemos, pois, hinos de ação de graças pela constante presença do Senhor no meio de nós.

“No Calvário se escondia tua divindade, mas na Eucaristia se esconde tua humanidade.”