12 de julho de 2012
servos da terra

Para te fazer crescer, eu posso até me negar naquilo em que tu me solicitas. Pois, tu poderias de mim necessitar em um ponto onde eu não poderia me doar ou me dar. Considera que o lugar onde tu me procuras possa não ser onde possas me encontrar. Tu podes ter um querer sobre mim e eu não tenha que responder assim, sobretudo se tu desejares de mim apenas que realize o que tu pedes de mim e não dês espaço para que eu te apresente também o que, de minha parte, eu possa desejar. Eu posso te negar para que tu sejas reenviado à razão de tuas próprias perguntas, de teus próprios investimentos. Por outro lado, contudo, por vezes, eu posso te conceder, sobretudo nos pontos em que tu e eu possamos nos encontrar.

Pe. Airton Freire

(Texto do Livro “Sol Entre Nuvens”)

11 de julho de 2012
servos da terra

Há um sopro de vida presente em mim que, de onde partiu, para lá voltará, sem que eu, para isso nada tenho feito, nada tenha a fazer.

Percebo-me percebendo-o em mim assim.

Dou-me conta de que a mais radical consciência que tenho de mim é animada por este princípio vital.

A percepção que tenho do mundo, dos elementos que compõem a natureza circundante é atravessada por este sopro de vida.

Sinto-me, então, em uma tal comunhão com tudo o que se move, tem vida e que respira, que uma falha sequer afetaria todo o sistema.

E assim é de tal forma, que também por lá.

A natureza, toda ela, em uníssono, respira e “geme” (cf. Rm 8,22) também em busca de revelar tudo aquilo que, nela, ainda está por vir.

Sinto-me, em relação a este sopro de vida que trago comigo, como se premido estivesse por duas tensões: trago uma preciosidade que não me pertence, mas em cujo destino eu próprio estou comprometido e pelo qual sou responsável.

“Preciosidade em vaso de argila” (cf. II. Cor 4,7).

Esta é minha primeira tensão.

A segunda: uma única vez, esta vez, e nunca mais, trarei comigo, por um par de anos, este princípio vital e, depois partirei.

Pe. Airton Freire

(Texto do Livro “Preces ao Pai”)

26 de junho de 2012
servos da terra

Queres que minha vida seja plena da Vida que és e que tens.

Comunicando-te a mim, queres me fazer mais semelhante a ti, naquilo que é próprio do que és: amar.

Quando eu amar – este é teu projeto – que eu não ame em razão de méritos, beleza ou qualquer outro valor daqueles a quem eu amar.

Porque simplesmente amar é tua maneira natural de ser.

Que seja assim também meu proceder.

E que, assim amando, não distinga eu nem os bons dos maus; nem os que te louvam dos que te negam.

Pois, assim como “a chuva, ao cair, é sobre justos e injustos, o sol, também ao nascer, é sobre bons e maus” (cf. Mt 5,45).

Pedes, também que meu agir seja assim.

Peço-te, então, que infundas, em meu ser tão intenso amor por ti, que, assim como és, ao fazer em mim morada, não seja eu senão o que queres de mim.

Pe. Airton Freire

Texto do Livro “Preces ao Pai”

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