“Tu te lembras de que, algumas vezes, não sabendo como nem por onde prosseguir, tu pensaste em desistir? Atualmente, vives as consequências de um passado longínquo ou recente, e ainda administrando o teu atual presente, com seus desafios nem sempre claros. Difícil é, por vezes, saber as consequências, em vindo a se tomar esta ou aquela posição exatamente. Tu vives um tempo em que não há mais tempo para ‘fazer experiência de acertar’, para ver se dá certo, para ver por qual via dará; esse tempo já passou. Tu vives um estado de tensão entre o que tens sonhado e o que buscas tornar realizado e, ao mesmo tempo, considerando uma margem de possível de improbalidade, nem sempre com possibilidade para o que pensas e planejas venha a ser efetivado. Eis a tensão: ver entre um já e um ainda não. Nem tudo, para acontecer, depende só de ti. Se assim fosse, não estarias nem aqui – já que não poderias gerar a ti mesmo – mas a realidade é bem mais rica do que os teus próprios pensamentos. Nela é que precisas administrar, com firmeza, clareza e bom senso o que constitui este teu presente.” (Pe. Airton)
“Tu vives, esses dias, agora, aqui na terra, por causa de um chamado. “Ele nos predestinou, até, antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante dele no amor” (Ef 1,4). “Que o teu amor seja sem fingimento. Apegai-vos ao bem, detestai o mal. Nada façais por espírito de competição, de discórdia” (Rm 12,9-10). “Busca, primeiramente, o Reino, o resto virá por acréscimo” (Mt 6,33). “Tu não podes servir aos dois senhores” (Lc 16,13). São expressões tão conhecidas nossas, e, todavia, nós continuamos, ainda, a bater sobre certas teclas anos a fio. A Palavra, por sua vez, continua interpelando, continua insistindo contigo: “Convertei-vos; mudai de vida; buscai, primeiramente, o que não passa, o resto virá em decorrência”. Mas tu insistes em reprisar antigos erros, culpar-te por antigas culpas, perfazer os mesmos caminhos, aqueles que não te conduzem a nada ou, no máximo, conduzem-te a extravios, já que à tua realização não te conduzem. Toma o chamado à vida, esta que vives hoje, como uma expressão de carinho, de amor dEle. Isso, de per si, já é sinal de amor.” (Pe. Airton)