1 de novembro de 2016
servos da terra

11“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, salvou-nos pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” (Tt 3, 5)

Na vida, hás que ter determinação sem ser intransigente. Determinação, se quiseres seguir em frente, sabendo, de antemão, que o que indetermina uma ação pode levar à malversação. Hás que, em tudo, ser claro e coerente acerca do que tu queres fazer, mas não deves ser intransigente em pontos modificáveis, pois tudo o que se tem feito é efeito de um processo de adequação de procedimentos. Assim sendo, considera que, em mudança constante, vive-se ao longo do tempo. Digo novamente: tu precisas ter determinação sem ser intransigente. Tu poderás viver o mesmo de forma diferente: a forma conta muito. Um olhar é diferente de um olhar, por exemplo. Se não fores determinado no que fizeres, não terás continuidade e não passarás segurança em tudo o que por ti for realizado. Todavia, a intransigência é uma impertinência, caracteriza-se por não querer ver o óbvio, não traz nem faz a diferença.

Se a própria natureza está em constante mutação, porque tu não te dispões também a enxergar novas possibilidades, a fim de que, não te negando às prioridades, possas chegar a melhores, ou mesmo iguais, resultados? Aliás, a forma como tu fazes, atualmente, é somente uma das inúmeras possibilidades de realizar um ato. Em ti, não nasceu, não viveu, nem morreu toda verdade. Tua forma de proceder é uma entre outras formas de ser. Por isso, que tenhas determinação quanto à clareza do que tu queres alcançar, mas que sejas maleável para mudar, se for uma necessidade da ocasião, não traindo a primeira intenção. Precisarás, para tanto, de sabedoria, a fim de que tenhas real discernimento acerca do momento e de suas implicações ao tomar determinado posicionamento.

Considera, portanto, que toda ação produz efeitos, com seus limites, mutações, erros e acertos. Em parte, depende de ti o sucesso do que vieres a fazer, mas há algo de imponderável e inesperado que nos resultados também poderá influir. Tu precisas estar atendo aos movimentos internos e externos que nortearão, determinarão o prosseguimento de um pensamento, de uma intenção. No que depender de ti, que sejas tu coerente e veemente acerca do que pretendes fazer, mas que saibas, também, trabalhar as eventualidades, essas variáveis do planejado, aquilo que pode fugir completamente ao teu querer.

Todo ato tem por efeito erros e acertos. Todos eles hão de ter tua marca, em razão de passarem por ti e enquanto, parcialmente ao menos, dependerem de ti, precisarão por ti ser administrados com sabedoria, equilíbrio e sobriedade, não descuidando-te do que te chega como eventualidade. Lembra-te de que o inesperado é a variável possível do planejado. Se não trabalhas com as variáveis, como tu poderás obter, em tudo, esperados resultados? Em parte, de ti muito depende, mas há coisas que de ti independem e, acontecendo, convém saber, com sabedoria, administrá-las. Do contrário, tu poderás não levar a bom termo a obra que tinhas tudo para bem realizar.

Pe. Airton

1 de outubro de 2016
servos da terra

11“Jesus disse-lhes: Por que afligis essa mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo”. (Mt 26, 10)

Toda ação provoca uma reação na mesma intensidade e em sentido contrário”, assim Newton já havia dito. Todavia, o que prova uma ação? É preciso considerá-la quanto à finalidade, à motivação.

Toda ação precisa ser contextualizada para ser compreendida, pois, nascida num contexto, assim como um texto, ela é pretexto para novas leituras, para as novas tessituras, para os prováveis e novos desdobramentos. Toda ação vem interligada. Toda ação é um ato provocado voluntária ou involuntariamente. Em razão disso, que tuas ações, enquanto possíveis, sejam por ti bem pensadas, por desencadearem um movimento em teu derredor, de sorte que nem tudo o que a partir dali poderá acontecer é previsível, o que traz uma enorme gama de riscos.

O que prova uma ação? Que ela teve um começo (intencional ou não) com possibilidade de ficar no (in)conluso de sua execução. Quanto a onde ela levará, isso nem sempre é previsível. Por que há coisas que nascem e fogem do controle como certas atitudes não pensadas e certos atos não suficientemente avaliados que resultaram em coisas as quais nem sempre é bom relembrar.

O que provoca uma ação? Em que resulta uma ação? Sobre isso, convém pensar; do contrário, poderás tropeçar em teus próprios pés, conhecer determinados reveses, coisas que a princípio nem poderias imaginar. Considera que ações conduzem tanto a união quanto a separação. E o que separa a ação vem de um conjunto de elementos nem sempre pensados e avaliados; igualmente se diga de seu contrário, a omissão, por exemplo. Sejamos claros: existem ações que nunca puderam ser avaliadas. Existem falas que, na melhor das intenções, nunca puderam ser efetivadas.

Há pessoas que se compreendem, há muito, para realizações e, em razão disso, nunca pensaram em fazer paradas. Contudo, o que impossibilita o prosseguimento de uma ação é não se perceber sentido em sua continuidade ou na necessidade de se fazer paradas – algo fundamental – durante um percurso. O que não é alimentado não tem condições de seguir em frente. Enfatizo: fazer sem sentido e desconsiderar as paradas são atitudes que conduzem a quebras, descontinuidades, abrindo um hiato entre a intenção primeira e seus resultados.

Pe. Airton Freire

1 de setembro de 2016
servos da terra

11“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças”. (Fp 4, 6)

As inquietações que, ao longo dos teus dias, tens experimentado, têm duas vertentes: uma te torna inquieto nos tempos em que estás vivendo e, por causa disso, buscas superação; e a outra vertente, que é negativa, poderá não te permitir enxergar, claramente, o real sentido de valor do que estejas vivendo.

Existe uma inquietação que te conduz a superações, e outra que em ti provoca ansiedade. Ambas acontecem pela vertente da falta. Hás que admitir, já por experiência, então, que nem tudo pode acontecer segundo a tua vontade.

As inquietações de tua alma podem ser um convite para que aprimores a tua fé, a tua esperança e a própria caridade. As inquietações da alma, se não forem bem administradas, poderão te impedir de dar novos passos. Considera que longa ainda é a caminhada. Fazendo a experiência do limite, percebendo que algo está em ti ainda por se fazer, é que serás instado a dar passos à frente ao invés de retroceder. Lembra: o limite remete à falta, ao carencial, ao que demanda por superação, com possibilidades de que avanços e recuos possam acontecer.

Existe uma inquietação que é pertinente à tua humana condição e que remete ao desconhecido dos novos acontecimentos. Para que faças frente a tais momentos, hás que te exercitar em administrar-te, primeira e internamente, sob pena de que, assim não procedendo, haja quebra de continuidade do que de melhor estejas tu fazendo. Se houver perda de controle interno, primeiramente, como poderás manter a autonomia de ti mesmo e daquele momento?

Existe inquietação que gera uma tensão que pode conduzir tanto à necessidade de superação como a bloqueios, de modo a não mais se encontrar saída para o que, como interdito, tenha-se até então vivido.

Inquietações, se bem trabalhadas, poderão aprimorar-te e fazer-te enxergar mais claramente ao longo de uma caminhada. Do contrário, poderão te levar a bloqueios, perdas e desacertos graves ou leves, distorcendo o planejado e deixando, além das marcas, quiçá, também aprendizados para novas situações.

Pensa sobre as razões de tuas atuais inquietações. Pensa em como estás administrando os teus momentos e não esqueças: tu és a melhor parte de tudo o que tens vivido neste tempo.

(Pe. Airton Freire)

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