1 de maio de 2017
servos da terra

A Pa(lavra) de Maio de 2017: “Prepara-te, e dispõe-te, tu e todas as multidões do teu povo que se reuniram a ti, e serve-lhes tu de guarda.” (Ez 38, 7)

Em razão de uma desatenção, quanta coisa foi modificada. Em razão de uma palavra mal pronunciada, quanta coisa brotou, aconteceu, fugiu do controle. Nem sempre é possível prever a consequência de um ato, mesmo que bem intencionado tenha sido, partindo de um reto proceder. O resultado de um ato não vem tão somente em razão de algo por ti desejado, mas também de quanto na outra parte se repercute, mesmo que para esta não estejam todos os elementos claros. O que tu dizes do lado de cá pode repercutir de forma inesperada do lado de lá. Coisas ditas do lado de cá podem acordar, do lado de lá, elementos que tu desconheces do lado de cá, e esses elementos acordados podem entrar em desacordo com o primeiro movimento, o primeiro gesto realizado.

Nem sempre, aquilo que pensaste ou disseste terá o resultado esperado, pois dependerá do eco, do que isso vai acordar do outro lado. Em acordos e desacordos, sonhando ou acordado, tu precisas administrar as tensões, aquelas que tu trazes dentro de ti e outras ainda que ficam longe ou ao teu lado. Se tu não levares em conta estes pontos, poderás viver o doce encanto – e, mais tarde, um consequente desencanto – de que as melhores intenções são as que têm mais chances de melhores resultados. Melhor seria se assim fosse, mas, como assim nem sempre acontece, é preciso que te disponhas a deixar em aberto a possibilidade de acontecer o contrário. Com isto saber lidar e com isto não se desesperar nem se decepcionar, é traço de alma madura.

Tu poderás perder uma batalha, mas a guerra poderás ganhar, a depender de como estiveres administrando aquilo que traz como consequência encantos ou desencantos. Tu poderás fazer superação e levar também a outra parte a perceber que, afinal de contas, entre muitas possibilidades, existe sempre uma outra forma de se ver, de lidar e viver. (Pe. Airton)

1 de abril de 2017
servos da terra

“Filho meu, atende à minha sabedoria; à minha inteligência, inclina o teu ouvido.” (Prov 4,1)

“Gerir e gerar são dois verbos que precisas bem conjugar. Do contrário, poderás gerar o que, depois, não terás como gerir, ou poderás gerir o que, não tendo sido gerado por ti, é passível de se tornar porta de entrada a evitáveis conflitos.

Em tudo, reside uma lição. Presta bem atenção às variáveis possíveis do que te estiver acontecendo, pois, de maneiras outras, algo pode vir a acontecer ou arrefecer, a depender de uma conjugação de elementos que te poderão ser favoráveis ou desfavoráveis, conforme estejas tu te posicionando acerca desses mesmos elementos. De um fato negativo, tu poderás tirar uma lição, assim como poderás considerar pouco valioso um fato que seja positivo.

Há coisas que conseguiste enxergar quando nem pensavas em olhá-las. E há coisas que, mesmo olhando-as, não conseguiste enxergar. Nem tudo pode acontecer conforme o planejado, mas, se estiveres preparado para o imprevisível, saberás fazer o salto, a passagem e disso obter bom resultado. A forma como tu estiveres administrando-te, sobretudo quanto às tendências mais presentes em teu coração, dirá da (in)oportunidade de decidir-se pró ou contra determinada situação. Grava bem esta lição.” (Pe. Airton)

1 de março de 2017
servos da terra

“Onde, pois, estaria agora a minha esperança? Sim, a minha esperança, quem a poderá ver?”

(Jó 17, 15)

Tu açoitas a esperança a cada vez que te manténs no que te leva a cultivar ânsias. A esperança é açoitada quando o teu ser não colabora para uma forma autêntica de viver. Açoitas a esperança quando, tua confiança sendo frustrada, tu desistes de continuar a luta e ficas a um quarto ou a meio percurso de uma caminhada. Tu aceitas a esperança à medida que, mesmo sendo difícil, tu aceitas enxergar e avaliar potencialidades e limites do teu atual momento, no desejo consequente de encontrar o sentido para continuar a ser como intencionaste. Entre açoites e aceites, a esperança se faz companheira de jornada. Em um ou outro caso, sente-se ela estranha ou em casa, banida ou acolhida e, em decorrência, larga-te – deixando tua alma aflita ou “quase cansada” – ou faz em ti morada. Comportas se abrem (quem com isto se importa dentre toda a gente?), e o abandono da jornada se torna premente.

A esperança há de ser cultivada, por ser tua mais cara companhia. Por nenhuma razão, por nada nem por ninguém, queiras tu dela te esquivar, porque passarias a viver à revelia. Tu não podes fazer da esperança algo a se aproximar apenas em momentos que te forem convenientes ou aprazíveis. A esperança deve estar em ti em todos os teus momentos, por meio de uma forma de ser, de uma maneira de viver, de perceber. Ela se manifesta por teu estilo de vida, por convicções que partem do mais profundo do teu ser.

Se a esperança de ti se fizer acompanhada, a tua alma, mesmo nas crises, não se sentirá abandonada. A esperança espanta a ânsia, torna a alma alentada, qual se sentem os que, com o alimento, refazem-se após longa caminhada. Que ela se faça tua mais cara companhia, e, por ela, acredita, terminada a noite, virá o dia, embora aos teus olhos não seja isto claro. Dela, enamore-se o teu coração; por ela, equilibre-se a tua mente, e, em meio a malogro ou a aplausos, sê digno do que traz o seu nome.

Se tua alma, por alguma razão, sentir-se cansada; se a luta te parecer demasiadamente pesada, lembra-te desta verdade que, como pergunta, coloco-te: conheces, por acaso, alguma estação que dure para sempre? Tu conheces algum ato, pensado ou não, que não traga consigo alguma consequência? Tu sabes que, por momentos não pensados, paga-se caro, e coisas longamente construídas podem terminar em um só momento? Passado o momento de privação ou inquietação, verás a grandeza do teu momento presente. O melhor que tens ainda a construir dependerá de como estiveres administrando este teu atual momento.

Eu te peço que não te fixes demasiadamente em nenhuma estação, seja ela outono, inverno, primavera ou verão. Tudo vem com o seu tempo e lição, tudo tem sua dor e seu encanto, tudo pode ou não acontecer. Estejas, pois, preparado tanto para o planejado quanto para as eventualidades, pois o inesperado é a variável possível do planejado. A estação que estás vivendo, esse tempo que estás atravessando, traz consigo algo de positivo que é preciso ser percebido, sob pena de, assim não fazendo, continuares à procura de outros achados, em busca de novos sentidos.

Vou dizer novamente: por acaso, conheces alguma estação que dure para sempre? Considera que mesmo um ato impensado traz grave ou leve consequência. Disso, precisas ter ciência, pois certas coisas que poderão acontecer dentro de ti já começaram a ser geradas, e a maneira como, ainda neste estágio, tu geri-las trará mais repercussão do que possas imaginar.

Pe. Airton Freire

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