1 de fevereiro de 2016
servos da terra

11“Em tudo, dai graças”.

 (1Tes 5, 18)

Em tua vida, há acontecimentos passíveis de terem ou não prosseguimento dependendo do quanto de verdade neles estiver presente. Acontecimentos que, na tua vida, poderão ser reavaliados, têm valia se à verdade estiverem orientados. Tu poderás reavaliar a tua vida a partir de determinado momento, lugar ou acontecimento – nada disso invalida, contudo, que somente poderá ter prosseguimento todo ato que na verdade estiver sedimentado.

Considera que aquilo que mais intensamente tens buscado achar ou aprimorar, nas tuas moradas, no espaço mais sagrado da tua integridade, tem seu ponto de partida e seu ponto de chegada. Afinal, de que adiantaria que os objetivos traçados por ti fossem todos alcançados se eles não te levassem a um conhecimento mais profundo de ti mesmo e se, as tuas limitações, tu não superasses? De que adiantaria um projeto bem executado se ele não te levasse a descobrir-te por inteiro, a fim de que o bem que por esta via viesse a ser executado tivesse garantia de prosseguimento por estar em consonância com a verdade? De que adiantaria que muito viesses tu a fazer se os teus feitos não revelassem a grandeza maior que há no teu ser? O fazer, para ser verdadeiro, há de expressar o ser, pois o que se faz e que não transmite a verdade que há no ser não tem razão de acontecer, ficando tão somente no fazer-se por fazer. Nesse caso, o ato nasce ou acontece desumanizado, não revelando o melhor que há em ti, em sua verdade, a fim de que tu possas fazer uma reavaliação e, por conseguinte, uma superação dos pontos em que estejas eventualmente falho.

Se, na vida, tu te dispuseres a fazer uma reavaliação de posições assumidas, de atos praticados, avalia a partir da consonância do teu ser com a verdade. Do contrário, apenas farás alguns ajustes ou, no máximo, um plano bem elaborado. Mas efetivação e continuidade somente terá aquilo que em alicerce seguro for executado. Se, na tua vida, pretendes dar prosseguimento a algo planejado, lembra-te de que todo fazer precisa ter e ser expressão do que mais interiormente, em ti, esteja acontecendo, pois, por melhor que seja o plano elaborado e executado, se não expressar do teu ser a sua verdade, nascerá já com ínfimas condições de superação quando os problemas começarem a surgir. A superação dos teus limites tem mais a ver com o fato de estares em consonância com o que de melhor trazes em ti do que com todos os teus melhores ditos. O que leva a uma superação não é uma “super ação”, mas o quanto de amor aí estiver presente, o amor mesmo na sua nudez é ato por demais eloquente.

Pe. Airton Freire

2 de janeiro de 2016
servos da terra

11“Amo ao Senhor, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica”.

 (Sl 116, 1)

Quando as coisas estão se passando interiormente como uma tendência do coração, tu poderás ainda verificar a sua pertinência e possibilitar ou não a sua efetivação. Os acontecimentos mais graves, sejam positivos ou negativos, passam, primeiramente, pelos recônditos de tuas moradas, a partir de dentro, e aí os dás ou não assentimento. Poderás ratificá-los ou retificá-los enquanto não forem ainda efetivados. Porque, uma vez que um fato venha a se dar, não poderás modificá-lo. Diante de um fato dado, tu poderás te posicionar, e isso já fará diferença, mas, quanto ao próprio fato, tu precisas ter ciência que, uma vez ocorrido, não poderá ser modificado. Por isso, antes que algo venha a acontecer, enquanto estiver como possibilidade ou probabilidade, convém que tu te decidas, de forma exata, acerca do que, interiormente, estiver acontecendo. A partir deste respaldo, mais claro terás como e o que fazer. Assim, evitas que, depois de dizer, tenhas que desdizer, e, depois de fazer, busques refazer. Em bases sólidas construído o que de melhor trazes contigo, claro ficará que, antes pelo bem que pelo mal, antes pelo bem dito que pelo mal dito, a Verdade é tua regra de vida, aconteça o que acontecer.

É preciso, então, que tu estejas preparado para as eventualidades, o imprevisível. O imprevisto, quando acontece, coloca-se como uma possibilidade do planejado, é sua variável possível. Tu já sentes em que vão resultar certas coisas, a continuarem da forma como estão. Com outras coisas, inesperadamente algo pode se passar, e também isso terás de administrar. Tu precisas estar, portanto, preparado tanto para o planejado como para o eventual, a fim de evitar revés e que teus atos sejam produzidos de modo a que venhas a cair por teus próprios pés. O que não se pode continuar não se deve alimentar. O que hoje é amanhã poderá não ser, não sabes se será. Que estejas tu preparado, não dissipado, não dissipando, não divagando, mas executando o que de melhor em ti exista,  a fim de que um bem possível possa ser efetivado. Se assim procederes, com certeza, chegarás a bom termo em toda obra de bem que, por meio de ti, tiver sido iniciada. O contrário também é verdadeiro, e descuidos poderão te levar a resultados indesejados.

Pe. Airton Freire

1 de dezembro de 2015
servos da terra

11“E os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda […] Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido” (Is 30, 21; Jó 42, 2).

Intempestivas decisões são tomadas quando, pela vertente negativa do fascínio, a tua alma for tomada. Intempestivas decisões podem levar-te a desequilíbrios internos e externos em quaisquer ocasiões. Se tu estiveres de tal forma fascinado por algo que deixe a tua alma avassalada, não terás condição, em sã razão, de fazer, a partir daí, qualquer superação. Daí a necessidade de, em momentos assim, não tomar decisões com consequências duradouras, uma vez que tal estado pode bloquear teu coração e obliterar tua mente. Convém deixar passar o que te leva a se fascinar e, pela vertente mais escusa da palavra, não te leva a superações. Ao tomar intempestivas decisões, em momentos indevidos, perceberás, por atos daí decorrentes, não haver nisso nada que traga em si sentido. Guarda bem o que te digo.

Toda pessoa já viveu, na vida, um encantamento (que encanta a mente e encanta o coração, sem coação, naturalmente). Cada pessoa já viveu, na vida, uma fascinação que fascina a ação, torna a ação até mais fácil, mesmo na privação, por si tão somente.

Existe uma fascinação que te leva a viver e, mesmo nas crises, a fazer superação por um sentido que esse fascínio traz consigo, ensinando-te que, apesar dos desmentidos, vale a pena por ele viver. Essa fascinação é preciso cultivar, por trazer elementos seguros, estáveis a serem cultivados. Tal fascinação há de ser mantida em qualquer situação, pois, em grande consolação ou em grande desolação, será ela o elemento norteador, apesar da dor, em razão de seu amor, a viver com sentido para o que te faz querer vencer.

O que fascina o olhar há de ter, na vida, adequação, sem o que se estará vivendo uma quimera, mais uma ilusão. O que fascina o olhar há de ter, na realidade, o seu respaldo, pois, assim não sendo, mesmo fascinado, tu te sentirás isolado, por não encontrar um modo de efetivar aquilo pelo que teu olhar esteja fascinado. Aquilo que fascina o teu olhar precisa encontrar, na realidade, uma efetivação. Para ser eficaz e preciso, há de ser efetivo e não somente afetivo. O que fascina o olhar precisa encontrar respaldo para poder continuar; do contrário, viverás apenas uma doce ilusão, uma longa ou breve fascinação, que a nenhum lugar te levará e, se a alguma coisa te levar, é a perceber que terá sido perda de tempo, exceto pela lição que tal ilusão te trará. Perdas e perdas, a perderem-se de vista, do que poderias ter construído, se não tivesses ficado preso a algo que gerou tanto tempo perdido e evitou tantos passos. O que fascina o olhar precisa ter na realidade adequação; do contrário, terás vivido mais uma breve, longa, amarga ou doce ilusão ou desilusão. Por isso, hás que ter bem cuidado com o que concerne à fascinação.

(Pe. Airton Freire)

Páginas: 1 ...789101112131415... 27»

Multimídia Terra

Instagram @padre_airton
[jr_instagram id="2"]
Visitas
Muitas das imagens do nosso site vem de fontes diversas, sendo em sua maior parte externas e muitas não autorizadas. Nenhuma das fotos pertencem ao Portal da Fundação Terra, a menos que sejam creditadas. Se alguma foto de sua autoria estiver no nosso site e você desejar sua remoção, favor enviar um email que prontamente a retiraremos do ar. Obrigada. Pictures for this blog come from multiple sources. None of the pictures belong to us unless otherwise noted. If one of your pictures is on the site and you want it removed please write to us. Thank you.