“Se, um dia, o Espírito da verdade se manifestar em tua vida, por total gratuidade e decisão de Sua vontade, tu não serás o mesmo de antigamente. Serás tomado por uma necessidade urgente de tornar toda a tua vida com a verdade compatível, definitivamente. Fazer a experiência da verdade significa assumi-la em sua integridade, vivê-la com autenticidade, e isto será a carta de apresentação de tua vida. Aqueles que contigo vierem a conviver haverão de perceber, por teus atos, mesmo que nada fales, em quem puseste tua confiança, essa que te faz viver. ‘Quando vier o Paráclito, esse o Pai te enviará, Ele manifestará toda Verdade’ (cf. Jo 15, 26), prometeu-nos Jesus. Somente, pois, no Espírito, poderás a Verdade que há em Deus testemunhar. Pede ao Senhor a graça de seres tu o primeiro a realizar o que a outros desejas tu anunciar. Tu testemunharás dAquele com quem tens estado desde o princípio, testemunharás da verdade que em ti fez morada e que precisa de atos transparentes, para que possas atrair aqueles que, nessa Palavra, possam, igualmente, sua esperança depositar. Se tu fores, ao contrário, motivo de decepção da Palavra em Deus anunciada, contas ao Senhor por isso haverás de prestar por ti e por aqueles que deixarem de acreditar. Lembra-te de responder: A verdade é exigência de vida? A quem pode servir? Não vieste por acaso, tampouco ao acaso poderás viver. Testemunhar a verdade significa em atos confirmá-la. Assim, através dela será acreditada e creditada, tanto na partida quanto na chegada, ao longo desse longo percurso que é a vida. Assim seja.“ (Pe. Airton)

“Na adoração, contemplamos o aniquilamento do Verbo, corpo dado, feito carne, para a fome do mundo em alimento transformado. Contemplando-o, em sua promessa, confiamos: ‘Quem comer deste pão viverá eternamente’ (cf. Jo 6,58). Esta certeza, trazemos no coração, alma e mente: amando-o, adorando-o, reconhecendo-o, ele fará de nós, diante do Pai, reconhecimento (cf. Mt 10,32).” (Pe. Airton)

“Com dúvidas e certezas, em tua vida, haverás de conviver. Hás, contudo, que ponderar e entender, a fim de que as certezas não te levem a ufanar-te, nem as dúvidas a paralisar-te, como é comum acontecer. Ufanar-se equivale a inebriar-se. E aqueles que se inebriam, não tendo equilíbrio, acabam por cair ou se perder. As tuas dúvidas, dunas que são, ao longo de tua vida, haverás de ter. Elas te levarão a aprofundar tuas certezas, a não as absolutizar, a fim de que não caias nas antigas valas, mas a agir com serenidade e firmeza. Dúvidas e certezas, a depender da forma como vieres administrar, poder-te-ão amadurecer e fazer-te crescer. Todavia, vindo a se tornar perdido teu equilíbrio, no precipício do que não te dará abrigo, serás lançado. Deserto, então, a partir daí, constituir-se-á viver sem sentido, fazendo da dúvida crença, como assim fazem os que vivem isolados.”