“Há pessoas que fazem da espera o momento de se desesperar, de enfraquecer a esperança e de dizer que solução para determinada situação não há. Há pessoas que, na espera, tornam-se providentes, previdentes: tomam providências e se previnem acerca do que virá. Há outras que, contrariamente, pensam em desistir e, não pondo fé na esperança, desistem daquilo que há de vir. Pessoas assim há, sempre houve e sempre haverá. É preciso que, de tua parte, descubras de que lado tens estado ou poderás estar, pois, se, eventualmente, tua fé se sentir enfraquecida, acredita: eventualidades acontecem na vida. O que não podes é, sistematicamente, duvidar, como se o Senhor não fosse fiel às suas promessas e, apesar de tua fraqueza, não pudesse Ele sua obra em ti realizar. Cada dia que vives é uma chance a mais que o Senhor está a te dar. Por isso, mesmo que pareça longa a espera, faze dela uma forma de fortalecer-te para que, quando a graça vier a acontecer, saibas tu espaço lhe dar. Do contrário, pode ocorrer que, relaxando na vigilância e sendo tomado de certa ânsia, percas o traço necessário a toda espera: ser constante. Vindo isto a acontecer, todo o tempo da espera virá a se perder. Está em ti ser previdente ou imprevidente, prudente ou imprudente, consequente ou inconsequente, acerca do que estás vivendo e do que tens ainda a realizar.” (Pe. Airton Freire)
“Para onde quer que conduzas a vida ou ela queira te conduzir, se for a Aliança o elemento balizador, que tenhas tu a certeza de que, malgrado a aspereza ou malgrado tempos de bonança, o Senhor será o primeiro a levar a bom termo a obra iniciada em ti. Se tu pensares dessa maneira, terás a certeza de que passos certos haverás de dar, malgrado nem tudo esteja acontecendo à tua maneira. A Aliança será o fundamento, em qualquer momento, pois, feita na confiança – aquela que se inscreve no coração, no desejo de partilha, na cumplicidade -, presente será em todo o teu agir, pensar, sentir. Em qualquer outra atividade, fora disto, estarás correndo grandes riscos de decidir a partir de alguns elementos, com certeza, mas sem a consistência do que, desde antes, firma-se em ti incondicionalmente.” (Pe. Airton Freire)