“A falta de agradecimento torna irmãos e semelhantes próximos, estranhos. O não agradecimento quebra um vínculo que poderia ser restabelecido, que poderia ser iniciado ou fortalecido, mas que, em sua ausência, fica como um dito que tenha ficado por se dizer, como uma expressão que não tenha conseguido anunciar o que, se o fosse, levar-te-ia a crer. A ausência de agradecimento coloca aquele que não agradece na vertente mais difícil de ser acreditada, sobretudo por parte daqueles de quem se espera uma gratidão, um ato, um gesto que possa vir a ser pronunciado. A ausência de agradecimento faz ferir o coração, torna doente os sãos tanto quanto o agradecimento abre possibilidades de se fazer de estranhos irmãos. É a ausência de gratidão que tanto fere a Deus, amesquinha a alma, quanto maltrata o coração. Por dever não se agradece. Se por dever fosse o que se deveria, qual planta, ausente da luz, feneceria. Cumprir-se-ia o rito: ao cerne não chegaria. A planta feneceria.”
(Pe. Airton)
“Se vivo o que é prioritário, vivo o que é verdadeiro. Descobrir o essencial da existência é incorporar o que à vida dá sentido. E como a vida é mais que comida e bebida, vive o essencial da vida quem, com autenticidade, sabe viver, ‘quer na fartura, quer na penúria’ (cf. Fl 4,12). Que Deus te conceda a graça de que a simplicidade, sinônimo de transparência, do essencial, de entrega confiante ao Pai, marque, verdadeiramente, teu estilo de vida. E que a coragem da renúncia, morte para certas coisas para que outras vivam, acompanhe-te e dê a tônica de tudo o que fizeres. E que o Deus da paz, cuja ternura supera todo o entendimento, esteja contigo.”
Pe. Airton Freire
“O amor trinitário é o amor que te convoca para que possas ser, no mundo, com teus irmãos e tuas irmãs congregados, a presença de que ele necessita, presença na qual ele se fará espelhado. Consequências verdadeiramente sérias advirão como consequência desse tão novo, atual e tão antigo modo de ser. Portanto, busca a comunhão, renuncia a todo espírito de separação, busca a unidade, na diferença, busca a completude, busca ser um na multiplicidade de dons, diferentes formas de ser, de estar e de lidar. Respeita do outro o espaço da sua individualidade, privacidade. Vê, no outro, em sendo diferente, a diferença que te enriquece, não a que divide, não a que ensoberbece.” (Pe. Airton)