“Todo o caminho possui mão e contramão. Quanto a ti, convém que descubras a razão de tuas opções. Do contrário, tu próprio serás o vencedor pelo viés negativo da palavra, ou seja, poderás provocar o vir a ser vencido. Não te ocorra vires a ser o autor daquilo que te leve a ser preterido. É preciso que descubras, no riso e na dor, onde foste ator ou autor. Pergunta-te se as coisas pelas quais tu te alegras ou aquelas pelas quais tu sofres resultaram de opções tomadas ou de oportunidades largadas, deixadas? Deixaste passar ocasiões, oportunidade em que poderias ter dado um passo e nisso sair vitorioso ou, pelo contrário, te omitiste e foste vencido? Fizeste opções por coisas que não te conduziram a poder dizer hoje: sinto-me bem mais agradecido? Que face contemplas, luz de que face repousa sobre ti? Sobre o que repousa aquilo que tu fazes? Em face de que fundamenta a tua existência por inteiro? A persistir assim, a orientação de tua vida te conduzirá a quê?” (Pe. Airton)
“Na força que no amor existe, confia, e cultiva-o como o bem mais preciso que em tua vida podes aportar. Dele, jamais queiras tu te afastar. Só ele é capaz de converter. Palavras podem até convencer; só o amor, contudo, é capaz de mudar, e a mudança por ele operada ficará. E se, em algum momento, disseres que nada valeu a pena, que tudo foi cansaço, mormente teu esforço, quais dias de grande mormaço; e se, depois de tudo e apesar de tudo, disseres que razão ainda tens para não mais querer permanecer em tudo o que tiveres vivido até ali, acredita: o amor, tão somente ele, como ponto de partida e de chegada permanecerá. E como apelo ele ainda continuará a registrar que vale continuar, pois, afinal de contas, o amor, só o amor, o resgate do sentido trará.” (Pe. Airton)
“Hás que enamorar-te e fazer-te todo para quem primeiramente por ti já se fez. Considera que sua intimidade de pura divindade dignou-se a unir-se à tua morada, à tua humanidade e estabelecer-se como o espaço de sua sacralidade. Enamora-te do construtor e morador das tuas moradas, e a tua alma jamais se sentirá exilada, frustrada, mesmo que, exteriormente, os acontecimentos queiram contrariar a certeza que tu trazes a partir de dentro, pois só ele é capaz de fazer acontecer o que ainda nem tem ser. Só ele é capaz de prover o que, por teu próprio esforço, não terias como levar adiante.” (Pe. Airton)