“Todo retorno marca o fim de uma espera que poderá ter sido breve ou longa. A alegria da chegada faz a festa dos que pela volta esperam. E tanto maior o tempo de ausência, mais intenso será o reencontro que não é senão a atualização do encanto do primeiro encontro. Repita-se o que já fora dito: fomos criados para nos encontrar e, por isso, os desencontros nos fazem sofrer tanto a ponto de nem sempre se saber ao certo como suportar. Assim se passa entre os que se amam e não apenas entre os que se suportam. Os que, assim, portam-se, alegria alguma, por esta via, aportam. Desertos e oásis, a partir daí, haverá. Afinal de contas, com que ou quem, na vida, pode-se contar? É preciso que o ter em conta propicie o encontro que gera o encanto; do contrário, de um sistema de mútua cooperação estaremos tratando (duração isto teria até quando?), sem saber, contudo, com que proximidade estaríamos lidando. De proximidades tratando-se, tenha em mente que convém o equilíbrio a quem segue em frente para o alinhamento de certos elementos, como disposição interna e momento adequado, na efetivação de um projeto, em preciso espaço e tempo. Um ponto de equilíbrio tu precisas encontrar, definitivamente; do contrário, serás semelhante a uma nau ao sabor dos ventos. Para que evites riscos de seres precipitado contra as rochas nas marés ou que a desertos sejas levado, hás que estar atento aos sinais dos tempos; eles falam mais do que palavras conseguem dizer. Pois a palavra não recobre toda verdade daquilo que se pretenda fazer ver.” (Pe. Airton Freire)