1 de agosto de 2018
servos da terra

A Pa(lavra) de Agosto de 2018: “E, entretanto, não acharam o corpo do Senhor Jesus.” (Lc 24, 3)

“Guarda isto: é a esperança do achado que te faz esperar ou avançar. É a esperança de que tu vais encontrar que te leva a tomar certas providências, a sofrer certas demoras e resistências internas e externas. Sem esperança, não há motivação para prosseguir. Mesmo que elementos te pareçam contrários e, por vezes, sintas vontade de desistir, na esperança – e somente nela -, terás como prosseguir. Se ela em ti for açoitada, se não encontrar acolhida, abrigo em tuas moradas, poderás perdê-la e, em consequência, perder-te, o que de pior a ti poderia acontecer. Se a esperança em ti for açoitada, ela procurará outras moradas para se instalar.

É a esperança do achado que te faz suportar certas esperas e vencer algumas resistências internas e externas. Em razão disso, és convidado a dar os próximos passos. Os passos teus, tendo o aval do alicerce seguro, farão com que avances e venças quaisquer pelejas que, eventualmente, venhas a encontrar. A segurança de que conduzes com responsabilidade e sentido, perseguindo um objetivo, poderá vir como resultado de coerência de vida em reta intenção. Todavia, com o inesperado, precisas também contar. Sabendo que o inesperado é a variável possível do planejado (disso eu tenho falado), tu precisas estar preparado para as eventualidades. Se estas, contudo, tornarem-se o traço mais comum em um projeto no qual desejes seguir em frente, hás que avaliar, primeiramente, o que vem por tantas intercorrências que resultam em descontinuidade de um projeto pensado para ser consequente e permanente.

Que não sejas inflexível desconsiderando as interveniências frequentes, os intervalos, o espaço do não planejado, ocorridos insistentemente. Tais considerações indicam a necessidade de parar e avaliar, a fim de se prosseguir ou fazer a correção necessária para que o projeto inicial não se perca e a bom termo se possa chegar. Como sabes que estou falando de certos acontecimentos recentes, convém fazer deste tempo uma parada, a fim de observar, afinal de contas, qual o sentido de toda esta tua caminhada agora. As perguntas que te faço, portanto, são veementes: o que fizeste de todo o tempo de tua espera? Como administraste o espaço entre aquilo que pretendias e o que conseguiste? E como, agora, pretendes seguir em frente? O que fizeste do tempo da espera durante o qual deverias ter te preparado, considerando as possibilidades de alcance e de não alcance de tudo quanto havias almejado? Se não estavas preparado para bem administrar o que, em algum momento, conseguiste alcançar, prepara-te, ao menos, para que não interrompas, em razão de limites por ti aportados, o que até então conseguiste como válido resultado. Tudo tem dois lados pelo menos. Se só observas um acontecimento por um lado da questão, perdes a oportunidade de ver e compreender os vários ângulos determinantes que possibilitam o encanto ou desencanto de uma parte, ao menos, do que vives em teu presente.

A pergunta que te faço é esta exatamente: o que tens feito de todo o tempo da espera, esse que compreende o intervalo entre um acontecimento e outro? Distanciar-se da realidade passada, sem, contudo, negá-la, é uma necessidade, a fim de que o novo, ao vir, encontre condições adequadas para que possa ficar.

É preciso que tu faças de teu presente uma forma de garantir alicerce seguro para o que, a partir de ti, acontecerá. Não queiras colocar alheios elementos – como projeções, resistências, transferências – na realidade atual, pois isto resultaria em enfraquecimento, quebras do primeiro encanto. Descontinuidade, com certeza, viria como resultado de elementos não superados, e, em razão disso, não te encontrarias em condições de tornar possível um novo projeto. É preciso que as fissuras, as brechas, as arestas de tua alma, essas que possibilitaram a quebra do encanto de um encontro, sejam primeiramente reparadas. Do contrário, haverás de atualizar, mesmo no melhor dos teus sentimentos, elementos não fechados, não resolvidos de antigos procedimentos. Se não reparares as fissuras, vias que ocasionaram a quebra, a ruptura do antigo procedimento, não poderás levar adiante, por melhores que sejam as tuas intenções, o que em nascedouro possa aparecer no teu presente. Hás de reparar antes de seguir em frente. Tenta!”

(Pe. Airton)

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