22 de agosto de 2017
servos da terra

“Senhor, eu farei silêncio a cada vez que tiveres de falar. Eu falarei a cada vez que, no meu peito, arder a chama de contigo me comunicar. No silêncio, eu te escutarei; na suavidade da brisa, eu te ouvirei. Podes fazer entrada nas regiões mais secretas que tenho em minha alma e, ali, poderás ficar, falar ou te calar. Só te peço que me dês a graça de nunca vires a me deixar, pois, mesmo no silêncio, eu te ouvirei, e, se minha fala não me ajudar, calar-me-ei, desde que em mim possas reinar. Toma para ti tudo o que de ti recebi. Purifica-me, em teu amor silencioso, harmonioso, gratificante, santificante, e que eu não me afaste de ti um só instante, por temor de vir a te perder, por medo de me perder. E, onde quer que eu esteja, aonde quer que eu vá, que possas ali me acompanhar. Silenciarei para não falar de mim. Silenciarei para ouvir de ti. Silenciarei para que meus atos falem mais alto e para que não se torne falso o que eu vier a dizer de ti. Que me acompanhes em todo o meu agir. Silenciarei porque convém que somente tu possas falar, e a mim, que sou teu servo, convém te escutar. E se eu vier a falar, que eu fale sobre ti, jamais de mim, porque falar de mim a nada vai levar, a nada conduzirá, a ninguém salvará, nada manifestará, nada será. Que tu fales, que eu me cale, pois, no meu silêncio, falarás por mim. Será assim: guardarei silêncio daquilo que me for confiado. Toda fala colocarei, de antemão, aos teus cuidados. Que a palavra passe antes pelo tempo de maturação, porque palavras ditas e pouco refletidas podem levar à saturação, e isto não cria laços, não cria vínculo de perenidade; aliás, causa divisão, enfatiza desigualdades. Não me moverei, para que o barulho dos meus próprios pés não possa perturbar. Tuas pegadas, e somente elas, convém-me trilhar. Confiarei em ti e tudo poderei ousar, por te seguir, até quando e onde quiseres, no tempo em que te convier. Que junto a ti eu possa estar, nesta terra que me deste para ficar, ou ainda quando eu passar para o lado de lá.”
(Pe. Airton)

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