“Quando alguém, verdadeiramente, te amar, amar-te-á pelo que és ou até apesar do que és; amar-te-á por causa de, ou até apesar de. São coisas que se passam a nível de íntima comunhão, são coisas e que, uma vez acontecidas, conduzem a uma nova maneira de pensar, de enxergar, coisas não só feitas à mente nem ao coração. Mas, afinal de contas, por que, apesar de se amar, o que faz com que alguém se perceba fazendo até o que não quer, negando em atos até o que o leva a pensar, não tendo sempre explicação para negar o que planeja alcançar? O que torna alguém encontrado ou desencontrado? O que responde pelas suas mais frequentes perdas e achados? Em que ocasião? Isto resulta de um conflito entre mente e coração? Isto resulta de uma opção? Ou resulta, até, de coisas para as quais, no momento, não se encontra ainda plausível, suficiente explicação? Qual o momento primeiro, diante do qual o sujeito não se sente seguro quanto a qual será sua melhor opção? Como exercício, sugiro-te que escrevas, agora, num papel, tudo o que te vier à mente. Sobre o quê? Responde tão somente a esta pergunta: como estou? Isso te levará a que penses sobre os teus relacionamentos, as tuas opções, os teus planejamentos ou não planejamentos, sobre o que mais ocupa a tua mente, aquilo que está prestes a ser objeto de tuas decisões. Como estou? Faze disso, agora, tua oração, pois, aí, tu vais te situar diante daquele que é o Senhor de tua história, de toda a criação.” (Pe. Airton)