“Tu revelas quem é o teu senhor pela forma como ages e serves no mundo. Tu te fazes seu representante. És servo. A dois senhores, não podes servir (cf. Lc 16,13). Busca, portanto, em tuas ações, uma tal coerência entre o teu presente e o teu porvir, de modo que não haja quebra, mas continuidade entre teu ser e teu agir. Pois tu não podes negar o teu ser na forma e da forma como tu ages. Isso seria violentar-se. Tu não deves violentar-te. Perderias tua dignidade e, por tua própria conta, tu te colocarias no rol dos excluídos. E sabes que é tão imoral violentar-se quanto consentir na violência; é tão imoral seduzir quanto consentir na sedução; é tão imoral excluir quanto consentir na exclusão. Que o fruto permaneça, e o amor seja a condição. Que tuas ações te humanizem e revelem a expressão do divino que habita em ti. Pois é uma verdade de fé que a Trindade de Deus escolheu teu coração como lugar de sua morada. A melhor parte ele escolheu: o teu coração. Nisso, reside a tua maior dignidade. Que o teu agir revele esta tua condição. Esses seriam os fundamentos teológicos e antropológicos de todo o agir cristão. O que fundamenta a práxis cristã é ter um só Senhor, que é Pai de todos, que ama a todos e para ninguém deseja a exclusão. Serve a esta causa. É teu serviço, sinal de tua mais profunda identificação.” (Pe. Airton)