“Há pessoas que fazem da espera um motivo para se fortalecer e saber como bem administrar o que lhes venha a acontecer. Há pessoas que fazem da espera o momento de se desesperar, de enfraquecer a esperança e de dizer que solução para determinada situação não há. Há pessoas que, na espera, tornam-se providentes, previdentes: tomam providências e se previnem acerca do que virá. Há outras que, contrariamente, pensam em desistir e, não pondo fé na esperança, desistem daquilo que há de vir. Pessoas assim há, sempre houve e sempre haverá. É preciso que, de tua parte, descubras de que lado tens estado ou poderás estar, pois, se, eventualmente, tua fé se sentir enfraquecida, a caminhada, por conseguinte, estará comprometida. Faze da espera, mesmo que longa te pareça, um tempo de graça, a fim de fortalecer-te. Dá espaço ao que conduza a viver. Se relaxares na vigilância, tomado de certa ânsia, conhecerás sobrecargas, as que, mesmo no presumido certo, não te trarão paz. Vindo isto a acontecer, a quem haverás de recorrer? Todo tempo de espera corre risco de se perder, caso, por um descuido teu, num momento qualquer, o foco do necessário e conciso não souberes mais como manter. Está em ti ser previdente ou imprevidente, prudente ou imprudente, consequente ou inconsequente. Só na transparência e eficiência, colherás os frutos do que tens ainda pela frente.” (Pe. Airton)