29 de junho de 2015
servos da terra

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“A pergunta que se faz é esta: estás disposto a olhar em ti o que a Palavra possa te indicar onde algumas coisas precisas abandonar? Mesmo que se tratem de valores que a ti muito caro possam custar? Se for para retomar a razão de viver inicial, estás disposto a renunciar? Se for para reunir, para congregar, para não mais dissipar, estás disposto a estancar essa sangria, a deixar que tudo se torne transparente como a luz é transparente em pleno dia? Estás disposto a somente na verdade apostar? E se isto implicar em perdas, perdas estás disposto a aceitar? E se passando por tais perdas admitires e concluíres que algo de vital, vigoroso dali poderá surgir, estás disposto a mais um passo e outro passo ainda querer dar? Viver tão somente a verdade, é isto, afinal de contas, a meta a que tu te propões alcançar? É sincero o teu desejo de recomeçar? É relutante a tua insistência em tudo querer ajeitar ou se ajeitar? Preferes mudar ou maquiar? Preferes enfrentar ou denegar? Preferes dormir querendo não te acordar ou preferes ficar de vigília para melhor os movimentos da noite observar? Como tu preferes optar? Considera que viver já é fazer um ato de opção, assim como aquele que está aqui nega, em estando aqui, que em outro lugar, nesse momento, possa estar. Tu não podes estar aqui e lá. Já disse o Evangelho: “Não pode servir a dois senhores” ( Mt 6,24 ), sobretudo quando eles conflituam num só projeto de vida. Pergunta-te: a depender de ti onde se localiza a tua parcela do que causa dissabores? Onde se localiza a dor de tuas dores? Onde está dito aquilo sobre o qual não queres falar? Onde estão estampadas as tuas demoras, aquelas que tu só fazes protelar? E para isto tudo o que estás fazendo agora? Por onde é possível recomeçar? Onde o fio da meada pode-se retomar? Se tais questionamentos para ti forem valores, estás disposto, disponível a ouvir, a repensar, a retomar? E se isto em ti provocar mais outras dores, mesmo assim estás disposto a encarar, a enfrentar, a continuar? Pensa, portanto, sobre perdas e ganhos. Pensa se o que chamas ganhos não seriam, atualmente, formas de se viverem perdas ou se as perdas a que resistes não seriam formas de ganhos a vires a alcançar. E a partir da realidade que trazes contigo, a partir da situação concreta pela qual tu passas ou vives, onde tais questionamentos poderiam se aplicar? Pensa sobre isto.”

Pe. Airton Freire

(Texto do Livro “Perdas”) 

29 de junho de 2015
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28 de junho de 2015
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