3 de maio de 2012
servos da terra

12 (2)

Aos Grupos da Terra

Missão da Igreja

“Eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo.” (Jo 17, 14)

Existe na Igreja Católica diversidade de funções, mas unidade de missão. Jesus Cristo confiou aos Apóstolos e aos seus seguidores a missão de ensinar, santificar e governar em seu nome e com o seu poder. Para os leigos foi dada a missão de testemunhar Cristo e contribuir para a salvação dos homens, exercendo como fermento o apostolado no meio do mundo.

Assim sendo, compete a todos os seguidores de Cristo perpetuar esta obra Igreja, para que “a palavra de Deus se propague rapidamente e seja glorificada” (2 Tess 3,1), e o reino de Deus seja pregado e estabelecido em toda a terra.

O Apostolado

No mundo estamos para darmos testemunho da Verdade, que é Cristo Jesus (cf. Jo 14, 6), em diversos estados de vida religioso, leigo e consagrado, todos vivendo o mesmo de, seguindo o modelo e a vontade do Senhor, buscarmos a santificação pela Verdade (cf. Jo 17, 17)” (Pe. Airton Freire).

A vocação cristã é, por sua própria natureza, vocação ao apostolado. Apostolado este que se exercita na fé, na esperança e na caridade. Todavia, anterior a este exercício surge o preceito de amor, o maior mandamento do Senhor, “porque Deus habita onde o amor estiver; porque o amor vem de Deus, de Deus procede, para Deus converge” (Pe. Airton Freire).

Essa vocação cristã deve ser vivenciada nos diversos estados de vida: leigo, religioso ou consagrado. “De cada um, segundo suas possibilidades e especificidade; para cada um, segundo suas necessidades. Nisto, embora muitos, seremos muitos e, em tudo, o Pai será glorificado” (Pe. Airton Freire).

Consagrados

“Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade.” (Jo 17, 19)

A vida consagrada tem origem em Jesus, o ungido do Pai que pelo poder do Espírito Santo consagrou-se ao Pai pela humanidade (cf. Jo17,19).

Toda consagração é realizada por Deus, pois somente o Senhor tem o poder de consagrar, de separar amorosamente para si, de santificar, de abençoar, segundo os mistérios de sua misericórdia. Do Senhor pode surgir a iniciativa para uma consagração, dada esta em vista prévia de uma aceitação com a qual lhe corresponderá seu eleito, a exemplo de Moisés, Davi, Jeremias, Isaías, João Batista. Em outros casos, do Senhor provém a confirmação de uma consagração feita como escolha de vida, realizada por aqueles que consagram-se inteiramente a Deus e, pela evidência dos frutos de sua vida, são santificados por Deus (cf. 1Sm 1,19-28 e Lc 2,36-38).

Segundo a Igreja Católica, a vida consagrada deve ser vista como “uma resposta livre a um chamamento particular de Cristo, mediante a qual os consagrados se entregam totalmente a Deus e tendem para a perfeição da caridade sob a moção do Espírito Santo” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, n. 192).

A vida consagrada está colocada no coração da Igreja, como elemento decisivo para a sua missão, visto que exprime a íntima natureza da vocação cristã (Conc. Ecum. Vat. II, Decreto Ad gentes). “Depois que os tiveres consagrado, eles tornar-se-ão objetos santíssimos, e tudo o que os tocar será consagrado” (Êxodo 30, 29).

A vida consagrada reflete a beleza do Amor de Cristo no mistério de sua Cruz, como nos diz São Paulo: “O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja” (Colossenses 1, 24). Assim sendo, a vida consagrada torna-se reflexo de humildade de uma vida voltada para Deus, na fidelidade e obediencia à vontade de Deus, na dedicação ao próximo, no serviço, no testemunho de vida e na participação das obras da Igreja.

Os consagrados não são toda a Igreja e nem constituem uma Igreja a parte. Juntos, formam uma parte especial da Igreja. São fiéis que, no interno da comunhão da Igreja santa ou da Igreja dos consagrados, vivem o caráter trinitário e cristológico que caracteriza toda a vida cristã.

As pessoas consagradas, que podem ser leigos ou clérigos, normalmente agrupam-se em ordens religiosas ou em institutos seculares, existindo porém aqueles que vivem isoladamente ou até em comunidade aberta, junto dos outros leigos não-consagrados. Fato comum a toda consagração é que a missionariedade está inscrita no coração de toda forma de vida consagrada.

Consagração dos Leigos

“Vós sereis para mim homens consagrados.” (Êxodo 22, 31)

Os leigos têm como missão consagrar a Deus o mundo, prestando ao Senhor, na santidade de sua vida, um verdadeiro culto de adoração. Os leigos realizam a missão da Igreja no mundo, antes de tudo, por testemunharem uma vida em coerência com a fé, tornando-se assim luz no mundo.

Os leigos, em virtude de sua consagração a Cristo e da unção do Espírito Santo, recebem a vocação admirável e os meios que permitem ao Espírito produzir neles frutos sempre mais abundantes. Assim, todas as suas obras, preces e iniciativas apostólicas, vida conjugal e familiar, trabalho cotidiano, descanso do corpo e da alma, se praticados no Espírito, se tornam hóstias espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (Catecismo da Igreja Católica, n. 901).

Esta espiritualidade dos leigos deverá assumir características especiais, conforme o estado de matrimônio e familiar, de celibato ou viuvez, a depender dos dons por cada um recebidos do Espírito Santo.

Consagração nos Grupos da Terra

Apesar do caráter próprio da vocação de cada um, não somos separados entre nós. O que nos une é uma consagração dentro de um mesmo carisma.

Estaremos juntos em comunhão, na diversidade dos estados de vida, buscando revelar ao mundo nosso modelo de vida, Jesus Cristo, pobre, servo e humilde. E assim caminharemos para que nossa revelação cristã seja fundamentada em nosso carisma de “revelar o Pai como Cristo nos revelou, segundo as necessidades do tempo”.

A unidade na diversidade enriquecerá a edificação do Corpo de Cristo, por meio do amor misericordioso que nos une nesta obra de Deus.

Formadores da Terra

“Nem todos os consagrados serão formadores. Mas, todos os formadores serão consagrados”. (Pe. Airton Freire)

Condição de consagração para ser formador se faz, visto que “para se formar é preciso se ordenar a partir de dentro” (Pe. Airton Freire). Uma vez que o sentido de uma vida consagrada consiste em uma configuração com o Senhor, para isso, sobretudo, é que deve apontar a formação.

O Senhor Deus é o formador por excelência de quem a Ele se consagra. Mas, no Corpo Igreja se faz necessário a mediação humana para a realização da obra do Pai. A formação é, portanto, participação na ação do Pai, e “ser formado significa dar forma ao encanto primeiro e oferecê-lo a muitos, colocando-se se possível, na condição de derradeiro” (Pe. Airton Freire).

Ser Formador da Terra traz em si a necessidade de se colocar sempre na busca ao Senhor, para a outros, então, acompanhar nesta procura. Atentos à ação da graça, cabe ao Formador da Terra uma ligação intríseca com o Senhor que, por sua vez, é testemunhada em amor ao Pai e ao seguimento do carisma em que este amor se concretiza.

“A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Quem fala por própria autoridade busca a própria glória, mas quem procura a glória de quem o enviou é digno de fé e nele não há impostura alguma” (Jo 7, 16.18). Com honra à Sua Misericordia, trabalhar-se-á para o crescimento do Corpo da Terra. E, por ser este Corpo parte integrante da Igreja de Deus, estar-se-á, então, a edificar na Terra a vontade do Pai que está nos céus.

 

2 de maio de 2012
servos da terra

Quando Vale a Pena é um livro de pensamentos dedicados a cada dia do ano. Neste que se propõe a ser um instrumento de meditação diária, Pe. Airton Freire apresenta o que o tem ocorrido ao longo dos últimos anos quando em preces, retiros e acompanhamento ao povo de Deus. O livro é dividido em 12 partes, que correspondem aos 12 meses do ano, com cada texto endereçado a um dia específico do calendário.

A ideia do autor é que tais escritos possam, em alguma ocasião da vida de seus leitores, lançar luz sobre o que estes estiverem vivendo. Quando Vale a Pena pretende, acima de tudo, ser um alento ao longo da caminhada que todos nós fazemos.

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1 de maio de 2012
servos da terra

12 (2)

Aos Grupos da Terra:

MA, PI, CE, PE, AL, BA, MG, ES, Marseilles, Londres e Estados Unidos

“O amor espanta o medo.” (I Jo 4, 18)

Todo retorno marca o fim de uma espera que poderá ter sido breve ou longa. A alegria da chegada faz a festa dos que pela volta esperam. E tanto maior o tempo de ausência, mais intenso será o reencontro, que não é senão a atualização do encanto do primeiro encontro. Repita-se o que já fora dito: fomos criados para nos encontrar, e, por isso, os desencontros nos fazem sofrer tanto a ponto de nem sempre se saber ao certo como suportar. Assim se passa entre os que se amam e não apenas entre os que se suportam. Os que, assim, portam-se, alegria alguma, por esta via, aportam. Desertos e oásis, a partir daí, haverá. Afinal de contas, com que ou quem, na vida, pode-se contar? É preciso que o ter em conta propicie o encontro que gera o encanto; do contrário, de um sistema de mútua cooperação estaremos tratando (duração isto teria até quando?), sem saber, contudo, com que proximidade estaríamos lidando. De proximidades tratando-se, tenha em mente que convém o equilíbrio a quem segue em frente para o alinhamento de certos elementos, como disposição interna e momento adequado, na efetivação de um projeto, em preciso espaço e tempo. Um ponto de equilíbrio tu precisas encontrar, definitivamente; do contrário, serás semelhante a uma nau ao sabor dos ventos.

Para que evites riscos de seres precipitado contra as rochas nas marés ou que a desertos sejas levado, hás que estar atento aos sinais dos tempos; eles falam mais do que palavras conseguem dizer. Pois a palavra não recobre toda verdade daquilo que se pretenda fazer ver.

Depois de tudo falado, ainda restará algo por se dizer. Palavra é mediação. Em parte, descobre o que da outra parte encobre. Cobra de onde não se consegue entender. É de se crer? A palavra é algo que não é exclusiva, mas inclusiva; não é algo à parte, mas é parte do ato de se querer fazer entender. Ela já vem marcada pelo lugar de quem dela faz uso para dizer. E o que diz a palavra? O que se intenciona comunicar (claro, mas nem sempre!) e isso é parte de quem dela faz uso para se fazer compreender. Nessa fala, algo vem, algo retorna, num jogo de báscula onde nem sempre se reconhece aquele que fala naquilo que diz.

Todo retorno marca o fim de uma espera que poderá ser breve ou longa. A espera, que se faz na esperança, põe fim a toda ânsia, na certeza de que, se bem administrada a travessia, não se viverá à revelia, ao sabor dos ventos, correntezas, trocando-se a noite pelo dia.

Pe. Airton Freire


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