21 de fevereiro de 2015
servos da terra

1“Quando tiveres tu de tomar uma decisão, que seja de forma a não agredir nem a tua mente nem o teu coração. Para isto, o teu sim deve ser sim, e o teu não há de ser não. Tu não podes decidir de forma que, internamente, venhas a te dividir. Tu precisas tomar uma decisão de forma coerente e nunca esquecer que isto concerne a um reto proceder e que independe da natureza da situação. Naturalmente.” (Padre Airton)

Na certeza de que pelo Altíssimo jamais seremos esquecidos,

Aos céus, agora, dirijo-me por ti e pelos teus.

Com todo zelo e atenção deste teu servo.

In Christo

Padre Airton

Servo

13 de fevereiro de 2015
servos da terra

Typic

8 de janeiro de 2015
servos da terra

21Interrompo este retiro de silêncio, em quase final de tarde. Tenho algo a partilhar contigo. Hoje pela manhã, morreu um pequeno parceiro em nossa capela onde estava eu pregando um retiro.

Quanto a isso, nada de extraordinário. Milhões de pássaros, grandes ou pequenos, nascem e morrem, pelo mundo inteiro, todos os dias. Este, contudo, bem pequeno, entrou no espaço onde estávamos e ficou, logo de início, debatendo-se, procurando uma saída. Dessa mesma forma,  milhões de pessoas – quais pássaros –  pelo mundo inteiro, entram em espaços onde não pensaram e debatem-se, depois, procurando sair.

De onde eu estava, olhando o pequeno pássaro, comigo mesmo pensava: “se, ao menos, ele “descesse”, encontraria uma saída.

Inútil.

O pássaro insistia em ficar nas  alturas.

Eu pensava: “quem o ajudaria a “descer”, afim  que uma saída ele encontrasse, já que, sozinho, não poderia”?

O dia se passou.

Dois dias se passaram.

O pássaro, debatendo-se contra a parede continuava.

Enfraquecia-se.

Mesmo assim, o pássaro não “descia”.

Passei a pensar em várias pessoas que eu conhecia. Também sofriam.

Somente depois de aprisionadas é que percebem a liberdade que, antes, possuíam. Mas, o pássaro, com certeza, isto não entendia.

Contra a tela que protege as janelas do alto da capela o pássaro  continuava a debater-se e, visivelmente, enfraquecia-se.

Inquietava-me vê-lo. Em mim, um pensamento insistia:  “porque ele não descia? Tão mais fácil seria”! Ficar no alto sempre, sem olhar para baixo, sem procurar saída, como é difícil!!!! Mas, isso ele não via.

Em gestos repetitivos, debatia-se.

Por fim, já sem forças, o pássaro  caiu. Levantou-se tropegadamente.

Foi acudido por um servo,Vinicius e por uma serva, Aninha. Levaram-no para fora da capela, colocaram-no no jardim da Casa de Retiros.

Deram-lhe água e comida.

Era visível sua ferida.

No final da manhã de hoje, em virtude de ferimentos e fraqueza, o pássaro falecia. Sofri.

Pensei, de imediato, em algumas pessoas que, há muito tempo já não via.

Continuava eu apesar: “porque lá do alto ele não “descia”? Eu estaria à sua espera para ajudá-lo.

No uso de sua liberdade, somente fazer por ele mesmo –  como dar o primeiro passo – só ele mesmo poderia.

Enfim, enfraquecido sem ajuda (teria eu,em algum momento, me omitido? Teria ele percebido que a ajudá-lo  eu ali estaria?)

Quanto esse pensamento quanto doía!

Mas, o pássaro se foi.

Outro ainda viria? Se viesse, da próxima vez como seria?

Sei que milhões de pássaros  nascem e morrem todos os dias.

Aquele para mim era único, foi único.

Nunca mais, outra vez, com vida eu o veria! Esse pensamento mas ainda me doía!

É quase final de tarde. Interrompo, exatamente,  o retiro de silêncio para partilhar contigo a dor que sinto:

“Porque ele não percebeu que junto a ele eu estaria? Bastaria que ele “descesse” e, na base, me encontraria.

Estou triste!

Teu servo

In Christo

Padre Airton

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