2 de maio de 2018
servos da terra

Primeira Leitura (At 15,1-6); Responsório (Sl 121); Evangelho (Jo 15,1-8)

“A permanência ou a impermanência em que tu acreditas ou em quem tu confias depende, em parte, da tua adesão e, em outra parte, de tua proximidade e efetivada confiabilidade que se estabeleça e seja mantida e cresça, se tiveres, por princípio, continuar a alimentar os mesmos princípios que alimentam essa relação. Isto significa dizer: não basta aderir, crer e não alimentar essa relação.

Tu precisas procurar momentos em exclusividade para falar e para ouvir, para te deixar ser conhecido e procurar entender a orientação para que respondas às demandas que te tem chegado na situação presente ou em qualquer outra situação.

Se tu, uma vez, fizeste uma adesão, se expressaste o teu desejo de permanecer, mas não alimentas essa relação de confiabilidade numa atitude de franca abertura e lealdade, com o passar do tempo elementos externos ou internos contrários àquele momento prevalecerão em tuas atitudes. E isso modificará, igualmente, o teu primeiro entendimento.

Se tu confias, tu precisas dar provas, em atos, desta tua confiança. E também estar disponível a escutar a orientação que te chegar, a fim de que sejas protegido e mantido nos mesmos princípios nos quais, primeiramente, foste inspirado.

Tu precisas fazer adesão de tua vontade, isto quer dizer: aceitar como sendo confiável o que venha pela palavra da parte na qual tu confias e dizes crê. Aliás, crer sem confiar é impossível de ser mantido. Se tu dizes ‘confias’ e não abres o teu coração ou se tu confias e não crês na Sua orientação, há uma divisão interna que precisa, primeiramente, ser resolvida. Do contrário, tu chegarás a um impasse que trará consequências graves para toda a tua vida.

Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.”

(Pe. Airton)

1 de maio de 2018
servos da terra

Primeira Leitura (Gn 1,26–2,3); Responsório (Sl 89); Evangelho (Mt 13,54-58)

“Como tu podes desejar que uma situação seja mudada, se tu não estás atento aos apelos que, constantemente, lhe tem chegado? Como tu podes querer que algo seja diferente, se tu mesmo não te empenhas a tomar iniciativas de fazer algumas coisas diferentes? Como tu podes desejar mudança, se trazes o coração ainda fechado, se não estás atento àqueles que contigo caminham lado a lado, mas cuida, tão somente, dos teus próprios interesses, como se a ti mesmo tu te bastasses? Como tu podes pedir a Deus uma nova oportunidade, como tu podes suplicar perdão, se àquele que tem te ofendido ou tem estado ao teu respeito equivocado, tu não mostras, com tua própria vida, onde se encontra a verdade? Como tu podes pedir perdão se guardas rancor no coração?

Se, algumas vezes, erraste; se reconheceste que, mesmo querendo acertar, vieste a errar; se te foi dada uma oportunidade de, outra vez, recomeçar, por que tu não atendes aos apelos que te tem chegado de pessoas que tem caído, errado e buscam na vida uma nova oportunidade? Será que o perdão só para ti foi criado? Será que Deus é Pai teu, unicamente? Será que não existe nada nesse mundo além de ti e tuas preocupações? Será que o que vale a pena é cuidar de ti, tão somente?

Tu não percebes que o caminho mais curto entre Deus e o homem é o próximo? Por que te distancias, fazes vista grossa a quem está de ti mais próximo, e procuras ser todo zelo e atenção para os que estão fora de tua casa, para os que estão distantes, como que buscasses neles algum reconhecimento ou aprovação? Como se pode ser tão exigente para quem vive contigo, cotidianamente, e tão fácil, tão acessível para os de fora, como se não contassem os de casa, finalmente? Como tu podes usar de pesos e medidas diferentes, conforme o que venha te agradar? Por que tu não és justo, firme, seguro e sereno, não és constante na forma de viver, de ser, de agir e de falar?

Tu não percebes que existem algumas coisas, em tua vida, que contigo não podem mais combinar e, mesmo assim, tu insistes nelas, como se delas quiseste tirar algum proveito, como quem vive com um pé lá e outro cá, e não te decides por um único lugar? Por que estás atento onde maior oportunidade, onde mais interesse, benefício aquele lado possa te dar? Ages por interesse, ages por conveniência, não por amor à verdade. Ages conforme o que tende o teu coração. Não ages para fazer justiça, independente de quem, naquela situação. Como tu podes, então, falar com paz? Como tu podes, então, ser sinal de unidade, se tu mesmo desobedeces, se tu mesmo não segues à risca a única palavra que traz paz?

É tempo de mudança. O tempo teu está se esgotando e eu te pergunto: a continuar da forma como estás, a saturação acontecerá quando? E, quando acontecer uma saturação, tu perderás o controle da situação.

É preciso, enquanto é tempo, resolver certas questões que estão em curso; esse é o momento. Senão fizeres assim, como tu podes pedir a Deus sinais, que atenda aos teus apelos, quando a palavra do Senhor, em tua vida, dela pouco caso tu fazes? Fazer pouco caso da palavra e agir conforme teu interesse, unicamente, sem buscar traduzir em atos convincentes o que dizes acreditar, finalmente, por acaso isso tem algum valor diante de Deus onipotente?

Acreditas que Deus não saibas do que tu precisas? Ele sabe, bem antes do que venhas a precisar, mas Ele espera que tu nEle acredites, que tu dês espaço para que a mudança em tua vida Ele possa iniciar. Claro que Ele sabe do que tu necessitas, mas tu insistes em antigos comportamentos, não levando em conta a palavra do Senhor. E, por isso, tão distante dEle tens te mantido ultimamente.

Pensa aí, em alguns momentos: em que ato, em que palavra Deus não tem participado nesses últimos tempos? Em que atos teus, em que palavras tuas Ele não tem participado nesses tempos? E tu sabes quais foram os atos, tu sabes quais foram as palavras, quais atitudes e pensamentos que, totalmente, fugiram dEle e, mesmo assim, tu insistes nisso em permanecer, como se Ele, na prática, em tua vida, não contasse, finalmente.

Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.”

(Pe. Airton)

23 de abril de 2018
servos da terra

Primeira Leitura (At 4,8-12); Responsório (Sl 117); Segunda Leitura (1Jo 3,1-2); Evangelho (Jo 10,11-18)

“Viver como ovelha sem pastor significa viver sem ter um referencial estável. E quando na vida de alguém falta um referencial, a dispersão é a consequência natural de toda essa situação. Eu dou um exemplo: se uma criança em casa não tiver um referencial estável, permanente, a partir do qual ela possa se estruturar, a criança crescerá com essa lacuna, essa ausência de inscrição; a criança crescerá na sua estrutura com algo que não possibilita a que ela dê novos passos, dê novos passos numa direção em vista de sua plena realização.

Se o menino, por exemplo, não tiver na casa a figura paterna como referencial estável, e se a mãe não passar para a criança esse referencial, a criança permanecerá entre ela e a mãe numa relação ambígua, numa colagem imaginária, com danos para a própria formação da criança, e a mãe que não consegue recobrir o que a criança necessita para poder desenvolver-se, viver com naturalidade, que é mais do que simplesmente existir.

Quando na tua vida adulta, quando passas por situações de crises, ou mesmo na juventude quando te falta um referencial estável, o que fazer? A quem ou a que recorrer para suprir o que se sente como algo integrante e ali ausente, ali faltante? Naturalmente, há de se buscar elementos secundários para suprir o que o adolescente ou adulto sente não haver em seu ser. E aí as buscas tu sabes aonde podem levar. Tomado por uma falta, o jovem ou adulto começa a demandar sobre coisas, sobre pessoas, que não poderão suprir e nessas demandas, a partir das demandas surgirão as escolhas que poderão levá-las a mais se alienar e até mesmo a se destruir. É assim.

A gente não tem em nosso meio aqui no sertão, a gente não tem a figura de um pastor que vá pelos campos, defendendo ovelhas de lobos, a gente não tem essa figura. A gente tem umas cabrinhas por aí, soltas, ou num curralzinho; a gente não tem essa figura a que Jesus se referia, mas a gente sabe, pela própria situação em que a gente vive, quando não há em casa um referencial estável o quanto isso falta e faz falta pela vertente mais negativa do que a falta possa significar. E o resultado disso tu sabes, é uma desestrutura na própria personalidade. Basta olhar em volta e haverás de constatar.

E tu percebes, as pessoas na falta desse referencial estável, em que elas podem cair. Os jovens, por exemplo, em que podem cair. E adultos, mesmo supostamente bem orientados, quando ficam desorientados, e agora, o que fazer? Alguns procuram criar barreiras, criar resistências até para se proteger, mas criam uma armadura, criam uma capa de impermeabilidade que não permite flexibilidade em situações, por quê? Pela insegurança, pelo medo do que o novo possa lhe trazer. Adultos presumivelmente bem estruturamos. Alguns procuram suprir com outras coisas, suprir com outras coisas, e nisso podem se perder, acreditando terem se achado. Assim tem sido, assim tem acontecido.

Vocês percebem lobos que se passam por pastor, lobos que se passam por pastor, e qual o interesse? O interesse é na lã das ovelhas, é na carne das ovelhas, é no sangue das ovelhas. Sangra, sangra as ovelhas, tira até o que não pode mais dar, porque as ovelhas estão atordoadas, desorientadas, tomadas por uma grande falta que causa um desequilíbrio e encontram em lobos disfarçados presa fácil para dominar. Isso também é fácil de perceber, é muito fácil de perceber.

O Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas, não tem interesse na lã, nem na carne, nem no leite das ovelhas. Pelo contrário, ele propícia às ovelhas oportunidades de que elas possam crescer, desenvolver, esse é o Bom Pastor. Gasta a vida inteira pelas ovelhas para que elas não venham a se perder. Esse é o Bom Pastor.

Olhando para tais figuras, vocês poderão muito bem seguir, muito bem lhe seguir. Os jovens poderão muito bem discernir quem, aproveitando-se de sua carência, pode levá-los a perdas a perderem-se de vista. E quando se dão conta é tarde, infelizmente.

Feliz o adulto, feliz o jovem, feliz a criança, que tem um referencial estável, alguém que possa estar junto, com quem possa contar. Alguém que, em cuja fala ele se reconhece, se redescobre e faz sentido para sua vida avançar, não recuar. Feliz aquele que tem na vida um referencial estável ao qual possa se reportar em suas dificuldades, em suas ansiedades, suas perdas, angústias, medos, suas… tantas coisas com as quais a vida nos tem marcado. Feliz quem tem um Bom Pastor, feliz quem tem um bom referencial. Feliz aquele que tem a Deus como seu Senhor, pois com certeza Ele providenciará, a depender de tua vontade, que não venhas tu a te desviar em tuas faltas, em tuas carências, que não te percas em meio ao mundo de tantos interesses, de mercenários tantos transformados, travestidos de bondade, mas com interesse pessoal, pessoal, tão somente pessoal, o que leva a ovelha a se iludir, a cair, a se perder. Portanto, hoje sendo o dia do Bom Pastor, abre os teus olhos, os teus ouvidos, fica atento e não te deixes enganar. O Bom Pastor é aquele que dá a vida a vida inteira pelas suas ovelhas, vai à frente e não deixa o lobo se aproximar.

E é pela vida do Pastor que tu conheces se na verdade ele é amigo das ovelhas ou lhe é contrário; se ele é do lobo um aliado ou se ele defende as ovelhas, fazendo-as crescer, dando-lhes na vida oportunidade. Esses são os critérios pelos quais tu podes distinguir se é falso ou se é verdadeiro quem traz o nome de Pastor, sobretudo se ele estiver muito interessado em te dirigir. Se ele estiver muito interessado em te dirigir, se ele der amostras de que tem interesse em algo que há em ti, algo que tu lhe possas dar, desconfia mesmo que se apresente como bom pastor, pois o Bom Pastor de ti nada lhe interessa senão que tu sejas feliz, que tu possas manter a alegria de viver. A alegria do Bom Pastor é te ver crescer, e que não sejas presa de nenhuma fera, de nenhum lobo, nem de ti mesmo, dos teus próprios medos, mas que liberto tu vivas o novo tempo. E não poderia ser diferente, pois o Bom Pastor caminha ao lado da ovelha, e para defendê-la se preciso, vai à sua frente.

Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo.”

(Pe. Airton)

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