12 de abril de 2014
servos da terra

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“Tenho sede.” (Jo 19, 28)

Pe. Airton Freire, Livro “Sete Palavras”

Tenho sede de paz, tenho sede de amor, tenho sede em meio a tanto frio, tenho sede em meio a  tanto desamor.

Tenho sede de ti, do que se passa em ti, dos movimentos mais íntimos de teu coração, que podem te levar ao conhecimento ou a uma profunda frustração.

O mundo tem sede. O mundo tem sede de paz. O mundo procura o que não o satisfaz, o que não enche o coração, o que abre espaço à ilusão.

Tenho sede dos seus corações. Tenho sede de permanecer nos lares, nas famílias, em todos os lugares onde eu não possa estar, onde meu nome não possa contar.

Tenho sede de que conheçam meu Pai, afim de que o amem e quanto mais o amarem, mais verdadeiramente serão.

Tenho sede da sede mais profunda que há em ti, aquela que água alguma conseguiu saciar, aquela que não conseguiste até aqui.

Tu tens sede da água que parte de meu coração. Tu tens sede de vida, vida que só encontras em mim. Para ti serei a única fonte que matará a sede, aquela que se não encontrares, não terás paz. Eu tenho sede de aliviar o que te perturba, o que não te deixa verdadeiramente viver.

Eu tenho sede de aliviar o que te faz sofrer, um sofrimento sem sentido, pois há um sofrimento que poderá te purificar, te amadurecer. Ao me conhecer, com certeza, por este sofrimento haverás de passar.

Eu tenho sede: arrancar de teu peito o que responde por todo despeito de resistir a querer me encontrar. Eu tenho sede, sede de te buscar, e quando te esquivas às minhas buscas, como é de se lamentar; pois ao invés de beber a água pura, a que jorra de meu coração, tu encontras e bebes água suja, a que não te dá saúde, a que te conduz a contaminação.

Se tu soubesses o quanto ardo de sede por ti, se tu soubesses o fogo de amor que há em mim, se tu soubesses a ternura que poderias experimentar, com certeza, somente em mim buscarias água. Água alguma outra procurarias ter, nem provar. Eu tenho sede e penso em ti. Eu tenho sede, sede de não mais poder me conter em mim. Até quando terei de suportar? Até quando ficarei e entrarei em agonia para que possas compreender que a minha sede, mais do que água, é sede de ti? E que tu te negas a te dar. É dor que faz chorar, é ferida que se abre no peito a não querer mais parar, de sangrar, de sofrer.

Sede eu tenho de ti.

Por acaso, poderias entender esse movimento que parte de meu coração, se não fosse marcado por um amor que tem as dimensões do infinito, amor que nunca conheceste, amor que nunca viveste, amor que poderá te resgatar, do laço do caçador te livrar; amor santificador, purificador, redentor, amor de todo amor, amor do próprio amor.

Eu tenho sede de ti. Eu necessito de ti. Eu preciso de ti. A minha sede, por favor, vem saciar. Apressa-te, não queiras te negar. Não tens muito tempo. Não há como evitar. Acredita: somente em mim matarás a tua sede. Além de mim nada de feliz hás de encontrar. A minha sede só tu podes saciar. A tua sede somente em mim poderá submergir definitivamente, o que até então não conseguiste aplacar.

Vem a mim e eu irei a ti. Mata a minha sede e eu farei com que água viva, também de teu lado, para quantos te conhecerem, a partir de mim, possas jorrar.

Eu tenho sede.

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