30 de junho de 2015
servos da terra

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“Somente diante de teu Pai que esta nos céus, presença amorosa que é, é que vais compreender, plenamente, quem és. Ele é aquele que não exclui, mas que nos inclui entre a suas prioridades. O que dele se exclui é aquilo que com o amor não se afina, por não lhe dizer respeito. A presença amorosa do Senhor é aquela que nos interpela, nos convoca, nos chama, nos questiona a respeito de coisas que nós projetamos, coisas que estejam, por nós, negadas ou denegadas, afirmadas ou reafirmadas. A presença amorosa de teu Pai é questionadora, transformadora e verdadeiramente causa mudanças – não pelas vias da ânsia –  é poderosa, mas não é esmagadora, é amorosa. É diante dessa presença que nós estamos a nos colocar. É o teu Pai que está nos céus, é aquele que diante de ti pouco a pouco descobre os seus véus, os seus mistérios, é aquele que se revela porque só sabe amar, só faz amar, outra coisa não faz e não fez senão amar. Ele é presença que quer te resgatar, porque quer te salvar, quer certos conteúdos em ti eliminar, afastar. Ele quer te chamar para que, com Ele, tu possas estar. É diante dessa presença que nós nos colocamos através do Filho Jesus, aquele que maior prova não poderia dar de amor senão a que fez morrendo na cruz.

Para certos questionamentos, nós procuramos, a partir da presença do Senhor, uma resposta alcançar. Para os que se permitem trabalhar, não se tornarão, ao longo dos anos, embrutecidos, um viver que não faz sentido, como dias que anoitecem, sem terem amanhecidos ou como fatos acontecidos mas não vividos.

A presença amorosa do Senhor é a que dá sentido quando existe um projeto definido, mesmo quando sua execução implique em dor. É a presença que nos livra do desamor. Ela santifica a dor graças ao seu Espírito que vive em nós. É ele quem desata os nós. É ele que confere sentido ao que já até então pareceria perdido. É o Senhor quem renova a esperança e, por causa dele, a esperança não se cansa. “

Pe. Airton Freire

(Texto do Livro “Sol Entre Nuvens”) 

29 de junho de 2015
servos da terra

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“A pergunta que se faz é esta: estás disposto a olhar em ti o que a Palavra possa te indicar onde algumas coisas precisas abandonar? Mesmo que se tratem de valores que a ti muito caro possam custar? Se for para retomar a razão de viver inicial, estás disposto a renunciar? Se for para reunir, para congregar, para não mais dissipar, estás disposto a estancar essa sangria, a deixar que tudo se torne transparente como a luz é transparente em pleno dia? Estás disposto a somente na verdade apostar? E se isto implicar em perdas, perdas estás disposto a aceitar? E se passando por tais perdas admitires e concluíres que algo de vital, vigoroso dali poderá surgir, estás disposto a mais um passo e outro passo ainda querer dar? Viver tão somente a verdade, é isto, afinal de contas, a meta a que tu te propões alcançar? É sincero o teu desejo de recomeçar? É relutante a tua insistência em tudo querer ajeitar ou se ajeitar? Preferes mudar ou maquiar? Preferes enfrentar ou denegar? Preferes dormir querendo não te acordar ou preferes ficar de vigília para melhor os movimentos da noite observar? Como tu preferes optar? Considera que viver já é fazer um ato de opção, assim como aquele que está aqui nega, em estando aqui, que em outro lugar, nesse momento, possa estar. Tu não podes estar aqui e lá. Já disse o Evangelho: “Não pode servir a dois senhores” ( Mt 6,24 ), sobretudo quando eles conflituam num só projeto de vida. Pergunta-te: a depender de ti onde se localiza a tua parcela do que causa dissabores? Onde se localiza a dor de tuas dores? Onde está dito aquilo sobre o qual não queres falar? Onde estão estampadas as tuas demoras, aquelas que tu só fazes protelar? E para isto tudo o que estás fazendo agora? Por onde é possível recomeçar? Onde o fio da meada pode-se retomar? Se tais questionamentos para ti forem valores, estás disposto, disponível a ouvir, a repensar, a retomar? E se isto em ti provocar mais outras dores, mesmo assim estás disposto a encarar, a enfrentar, a continuar? Pensa, portanto, sobre perdas e ganhos. Pensa se o que chamas ganhos não seriam, atualmente, formas de se viverem perdas ou se as perdas a que resistes não seriam formas de ganhos a vires a alcançar. E a partir da realidade que trazes contigo, a partir da situação concreta pela qual tu passas ou vives, onde tais questionamentos poderiam se aplicar? Pensa sobre isto.”

Pe. Airton Freire

(Texto do Livro “Perdas”) 

26 de junho de 2015
servos da terra

photo8“Observa que o Senhor Jesus foi tão duro quando disse que “somos servos inúteis” (cf. Lc 17,10). Que quis dizer com isto? Que não somos imprescindíveis. O Reino de Deus, que acontece, primeiramente, em nós, pode ser retardado, em razão de nossas infidelidades. Todavia, nunca anulado em sua realização ele será. Pois, mesmo quando nós tivermos passado, o Espírito do Senhor estará, pelo mundo, soprando como quer, quando quer, onde quer. Também vem daí o caráter de não sermos imprescindíveis. Vem daí, a necessidade de sermos simples no reconhecimento do que somos.” (Pe. Airton Freire)

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